Ajuda

heartbreaker

Pessoal,

Estou procurando algumas formas de esquecer acontecimentos recentes, mas ainda não sei como fazer. A situação é a seguinte: em maio, conheci uma garota, muito simpática, divertida e alto astral. Começamos a nos conhecer por cerca de 20 dias, e tínhamos muita coisa em comum (interesses, passeios, área de atuação, etc.). Acontece que o cara aqui acabou criando expectativas muito, mas muito diferentes da realidade. É como se eu projetasse nela um perfil ideal de mulher que eu esperava. Foi aí que as coisas começaram a dar mal: a minha expectativa de que as coisas iam bem, e a dela de que na verdade, estávamos apenas conversando e nos conhecendo mais. Realmente um desalinhamento de expectativas. Foi aí que, depois de conversarmos mais sobre isso, acabamos cortando o contato, cada um voltou a tocar sua vida como sempre foi. E o cara aqui, sempre sentimental, vira e mexe acaba se perguntando onde ela está, se está feliz, etc.

Meu grande desafio com as mulheres com que tive algo (seja relacionamento ou sentimento) foi esquecê-las. Não sou muito adepto do “se envolver com outra pessoa para esquecer a anterior”, daí o tempo para esquecer acaba demorando mais do que o de costume.

Se alguém tem alguma dica ou sugestão de como superar esses tipos de problemas, por favor escreva nos comentários abaixo ou sugiram algo, blz?

Valeu!!!!

Ela curtiu

Às vezes me lembro, vagamente, dos momentos em que sorrimos um para o outro. Ela me parecia verdadeira, autêntica. Um sorriso.

Os dias passam rapidamente. Quase não vejo mais os amigos e as flores.

…E as ruas…

Cercado por metais de todos os lados, visão periférica afetada pelos beeps e taps, por alguns instantes saio da vida real, e entro dentro o virtuoso mundo das vias neurais.

Eu e todos ao meu lado. Já não conversamos mais: Conversamos mas… seja o que for. O que está mais próximo é o ponto mais distante da rede.

Um dia desses à noite tentei entender porque as pessoas sentem necessidade uma das outras. Tentei lembrar dela, de algum indício que me faria acreditar que o sentimento dela era verdadeiro. Retrocedendo em minhas memórias e nos gestos mais simples e sutis que ela era capaz de fazer: Não encontrei.

Talvez eu tenha me enganado durante todo aquele tempo: Nós não existíamos. Existia o eu, e o ela. Sim, isso. Sim.

Ruas escuras e sons ultrapassam o fone e permeiam a caixa craniana. Cidades cheias de pessoas vazias. Redes cheias de pescados. Laiques e likes aleatórios pelos nós de uma sociedade doente. É isso que….

…..deixa…..

….pra.

<Esperança> Ano passado cheguei a pensar que o contrário existia. Chances, possibilidades. Quando fui AO (não DE) encontro dela, as paredes caíram. Senti naquele momento que não, ela também.

Eu nem a conhecia pessoalmente. Parecia a forma mais pura de contato que os últimos anos que havia permitido. Mas eu ouvia ao fundo uma voz que me di[zia]:

Esta é a sua última chance, meu amigo. Em caso 0 (False) e não -1 (True), saiba que não haverá ‘On error resume next. Apenas o ‘On error Go To 0.

Sim, foi. Melogr… sim! Tinha um sinal de wi-fi excelente. Nada mais. Barreiras sociais, culturais e wi-fis me impediam de prosseguir. Ainda assim o tonto aqui sentiu-se feliz por levá-la.

</Esperança>

Hoje chove, e como anos atrás, a chuva remonta aos momentos da vida. O que passou, o que passa e o que virá. Algumas tristes lembranças de uma farsa, um punhado de alegrias recortadas como fotos antigas corroídas pelo tempo e o tempo líquido se esvaindo pelas ruas esburacadas.

Dezembro também me deixou na dúvida: Ela realmente sentia isso? Era real? Por desconfiança, cortei. Não se ama a quem não lhe conhece plenamente.

Os amigos tentaram aquela lá de olhos puxados, mas existem preferências delas que eu nunca serei capaz de atendê-las.

Um pente de 2GB fora do case, pois o slot foi danificado e consequentemente estou rodando com menos memória.

…Eu deveria aprender mais com a minha CPU

Realidades

Você poderia deixar de enxergar tudo como uma bela história de amor, e entender que na vida real, não existe final feliz. Existe o fim!

Por favor, não caia em pilha alheia. Só fara você sofrer.

Com o tempo você vai perceber que, por mais que tente ajudar, tente ver a situação no lugar da pessoa, tomar as dores por ela, ou até apaixonar-se por devido a dedicação que essa pessoa tem em lutar pela vida e resolver seus problemas, elas sempre vão mostrar-se mais fortes que você, e vão lhe retribuir com uma saraivada de ofensas ou simplesmente vão te ignorar, ignorar tudo o que você fez ou todo o carinho que você possui. Assim é a vida. Aprenda!

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Ontem assisti um filme que há muito tempo havia postergado: Hiroshima Meu Amor. Ultimamente tenho evitado assuntos e conteúdos relacionados ao amor, visto que já entrei em boas enrascadas por conta desse sentimento, e quase perdi uma amizade de anos por conta disto.

O filme, de 1959, extrai com grande competência os sentimentos e as controversas relações amorosas que permeiam a vida humana. A trama entre os dois personagens, Eiji Okada e Emamuelle Riva, ambos casados, se envolvem em uma relação amorosa lembranças de ambos (com maior força à atriz) vêm à tona e desencadeiam uma série de diálogos entre o presente de esperança e o passado trágico, onde Emanuelle perdeu seu amor em Nevers (Curiosamente, em inglês, Nevers faz alusão à palavra nunca) assim que ganhou a liberdade.

Hiroshima Mon Amour

Pequenas frases ao longo do filme me fazem lembrar da minha vida. O filme proporciona esta sensação a todos os expectadores, com frases de efeito e que remetem à lugares, pessoas e lembranças longínquas.

Hiroshima Mon Amour

Estranhamente, esta é a sensação que tenho quando me apaixono por alguém. Ao mesmo tempo que esta pessoa pode trazer o brilho nos olhos, também pode trazer consigo as dores e “mais uma morte” em minha vida. A nossa procura por uma pessoa que realmente nos faça feliz e que entre em nosso mundo para completar a caminhada, rumo a algum lugar deste mundo.

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Ao longo do filme, Emanuelle cita Hiroshima como a cidade onde ela encontrara a Paz. Ela foi para lá para atuar em um filme sobre a paz, e imaginaria que Hiroshima significava o fim da Guerra, e o novo tempo de paz que ela estava procurando. Ao mesmo tempo, tenta resolver seus conflitos psicológicos em um romance com Eiji Okada, Engenheiro e político que conhecera na cidade.

Hiroshima Mon Amour

Utilizei esta frase em 2012. Esquecida entre os dias de outono, e não mais que isso. Na verdade, a primeira vez em que usei com convicção. Então percebi a grande diferença entre as pessoas: O que tem imenso valor para você pode não significar absolutamente nada para outra. Essas palavras, presas por 31 anos e guardadas para uma hora apropriada, foi recebida simplesmente como um conjunto de palavras em significado algum por outrém. Ali eu notei o fim do amor, e que por mais que eu tente lutar contra a ausência dele e tentar driblar o destino, as circunstâncias me provam que sentir algo por uma pessoa, em minha existência, sempre será a opção errada.

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Outra lição aprendida neste ano: acabamos sendo seletivos demais com os outros. Coisas podem acontecer debaixo de nossos pés, e não percebemos.  Apenas notamos o que queremos notar. Eu tento ver tudo o que me circunda, mas o próprio ato de selecionar o que quero ver pode fazer com que perca pequenos detalhes da vida, e dos acontecimentos.

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Esta sequência é muito boa. Explica como somos todos loucos por aqui. O filme é excelente em sua construção, utilizando flashbacks e passagens silenciosas, que o fazem refletir. Nesta passagem, Emanuelle, discursa sobre a loucura, comparando-a com a inteligência. Não podemos de fato explicar o que é loucura. Nem o mais sábio dos seres humanos têm uma definição do que é. Somos todos loucos por aqui. É um estado muito pessoal, de reflexão sobre você mesmo, e sobre o mundo. Mas você não sabe quando isso acontece. Pode ser louco e nem notar isto. Você pode entender o que é a loucura? Sabe diferenciá-la? A personagem explica sobre sua maldade quando achava que estava louca. Mas realmente era um estado em que se encontrava? Não seria má o tempo todo, e então louca por completo?

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour

Hiroshima Mon Amour               Sim, o olhar de uma pessoa que não vemos a tempos denuncia o esquecimento que temos com os outros. Aquele gesto de fechar um pouco mais os olhos ao ver um conhecido, amigo de anos atrás ou tentar lembrar seu nome. Os olhos sempre denunciam o que passamos internamente.

Para quem nunca assistiu, recomendo o filme. Para os padrões atuais, onde as emoções são explicitamente gesticuladas, reações exaltadas por todo o filme, talvez muitas pessoas não entendam a estética de um filme de 1959. Considerada uma obra prima do cinema, esta produção franco-japonesa merece todos os créditos por sua beleza e profundidade ao analisar a memória, a psicologia e o comportamento dos personagens, bem como os traumas que os afligem.