Home office cresce no Brasil

“Por incrível que pareça, em dias de caos urbano, como greves e protestos, em vez de mandar os empregados trabalhar em casa, as empresas simplesmente dispensam a equipe”, diz Cristiane José, gerente de RH da Philips. “Parece incoerente, mas está ligado à falta de cultura de trabalho remoto.”

Em tempos de manifestações e caos em cidades com alta densidade populacional, parece incoerente que a cultura do home office ainda não tenha sido adotada na maioria das empresas brasileiras. É uma tendência cada vez maior no mercado Brasileiro. De acordo com a consultoria Top Employers Institute, 14% das empresas brasileiras têm programas formais de home office. Parece pouco, mas corresponde a mais do que o dobro dos 6% registrados no ano anterior (2013).

Claro, há uma série de fatores que contribuem para esse aumento. Além de uma melhora na aprovação junto aos funcionários, as empresas conseguem diminuir custos significativos ao permitir que os empregados trabalhem em casa. Tanto a energia que é gasta no escritório, quando recursos como alimentação, cafés, e utilização das áreas em comum são reduzidas com a permanência do funcionário em sua própria casa.

As companhias também ganham com o aumento da produtividade. Um levantamento da Fundação Getulio Vargas estima em 26 bilhões de reais as perdas anuais da cidade de São Paulo por causa do tempo gasto no trânsito. Neste caso, ganham os dois lados: o funcionário que não gasta um tempo precioso de sua vida se locomovendo no transito caótico das grandes cidades, e as empresas que contam com um profissional muito mais descansado e produtivo. Em alguns casos, os ganhos trazidos pelo home office são tão significativos que as empresas começam a criar funções em que trabalhar em casa seja a regra, e não a exceção — um sistema que ficou conhecido como home based.

Para evitar problemas, o ideal é que a política de home office seja formalizada, com direitos e deveres da empresa e do empregado bem definidos, e não um acordo informal entre gestores e subordinados — prática ainda comum no Brasil, mas que abre brechas para contestações. Até porque em vários casos você acaba trabalhando mais do que o número de horas que trabalharia no escritório, por estar em um ambiente confortável e não precisar enfrentar o trânsito para voltar à sua casa.

Fatores culturais também podem desestimular a adoção do sistema. Em muitas empresas, ainda impera uma maior valorização do esforço do que do resultado. Pessoas que adoram gritar e dizer que fazem e acontecem, mas que na verdade não produzem metade do que outros profissionais mais competentes.  Assim, o profissional que aparece todos os dias no escritório, chega primeiro e sai por último acaba sendo mais valorizado do que aquele que trabalha em casa — mesmo que o último seja mais produtivo e entregue mais resultados.

Para que o empregado possa produzir em casa tanto quanto no escritório, também é preciso investir em sistemas e equipamentos que facilitem a conectividade. Por parte das empresas, são necessárias políticas de trabalho remoto, trocar desktops por laptops, investir em celulares e em equipamentos para reuniões a distância (Headsets e webcams). Por parte do funcionário, existe a necessidade de uma boa conexão na residência (o que em muitos lugares ainda parece uma realidade distante) e a disciplina para trabalhar em sua casa, dividindo a vida pessoal e profissional.

A realidade é que o teletrabalho será cada vez mais uma realidade inevitável. Hoje você não depende mais de uma baia fixa e um ramal para realizar seu trabalho. As demandas são móveis, e adaptar-se a esse ambiente o quanto antes é essencial para desempenhar qualquer trabalho hoje e no futuro.

Referências:

Exame.com

Domenico de Masi – O Futuro do Trabalho

O Estado de São Paulo

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