Sampa deve ter mais 37 km de ciclovias no eixo oeste-sul. O anúncio feito pelo prefeito Fernando Haddad ocorreu durante a visita às obras da Operação Faria Lima e a divulgação do programa que visa à complementação e integração urbana dos sistemas viários existentes.
A faixa para bicicletas sairá do Largo da Batata até a Ponte João Dias, integrando os centros comerciais das avenidas Faria Lima, Luis Carlos Berrini, Chucri Zaidan e Água Espraiada. Dentro de 1 ano e meio as obras da ciclovia no trecho entre as avenidas Luis Carlos Berrini e Água Espraiada tem previsão de serem finalizadas. O novo trecho, compreendido entre o Largo da Batata e a Avenida Faria Lima, acabou de receber licença ambiental.
“Estaremos dando uma alternativa segura para o ciclista que hoje corre risco. Além da ciclovia da Marginal Pinheiros, paralela à linha da CPTM, teremos uma outra pelo meio da cidade. Serão duas opções, as duas muito prazerosas. Mas, na minha opinião, para quem usa a bicicleta para ir ao trabalho e não como lazer, (esta) aqui vai ser até mais importante como modal de transporte interligado”, disse Haddad.
Arquivos do Blog
SP precisa desostentar
O post do Bruno Paes no Blog do Estadão de ontem demonstra perfeitamente a nova relação que os cidadãos passam a ter com as cidades. Aos poucos estamos deixando de ver São Paulo como vias-asfaltadas-para-chegar-mais-rápido-no-trabalho, para vê-la como uma cidade feita para pessoas.
Por anos, a fórmula ir de carro ao trabalho, trabalhar, almoçar perto, voltar ao trabalho e voltar do trabalho de carro começa a te colocar em uma bolha da vida que você só toma conta (se tomar) depois de muitos anos.
A relação de uma cidade em que o trajeto lhe abre os olhos para os problemas que vão além dos seus problemas familiares/dos vizinhos/dos amigos, impõe uma dinâmica diferente para os cidadãos: eles passam agora a cobrar por uma cidade melhor, não só para o seu círculo de relacionamentos, mas também para as pessoas que utilizam o mesmo flow que você.
Vale a pena dar uma lida lá.
Largo da Batata, em Pinheiros, ganhará bicicletário público gratuito neste sábado (02/08)
Equipamento integra ciclovia da Faria Lima com Linha-3 Amarela do Metrô. Inauguração terá música, filmes, oficinas e atividades ligadas ao mundo da bike.
A Prefeitura de São Paulo entrega neste sábado à população um bicicletário que funcionará 24 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, do lado da estação Faria Lima da Linha-4 Amarela do Metrô. A construção do equipamento atende a uma antiga demanda da sociedade e se configura como uma das primeiras ações de ocupação do Largo da Batata, resultado de um dialogo aberto com moradores, trabalhadores, usuários e ativistas da região.
O projeto foi elaborado e construído pela Prefeitura, com participação ativa de cicloativistas e representa grande avanço para uma melhor mobilidade na região, já que estimula o transporte intermodal (bicicleta – transporte público coletivo). A gestão do bicicletário será do Itaú, que através do termo de cooperação firmado com o município vai fazer a manutenção e conservação do espaço durante 36 meses, inicialmente.
Ao todo, serão 100 vagas gratuitas para que as pessoas possam deixar suas próprias bicicletas, e não as compartilhadas. Quem tiver interesse em usar o espaço, deve efetuar um cadastro pessoal e da bicicleta no próprio local.
Festival Bike na Batata
Onde? Largo da Batata (encontro das Avenidas Teodoro Sampaio e Faria Lima)
02/08 – Sábado
As ações começam às 14h30 com um delicioso café de boas-vindas, Copa de Bike Polo, Tatuagem nas bicicletas (desenhos feitos à mão pelo artista Marcelo Siqueira), cobertura fotográfica do Instabike, oficina mecânica Mão na Roda, manobras de Bike Trial, projeções de curtas-metragens sobre ocupação de espaço público, oficinas com reaproveitamento de materiais e show da banda FORRÓ JAZZ que vai colocar todo mundo para dançar em pleno Largo da Batata. O evento acontece em uma parceria entre a Prefeitura, o Aromeiazero e o Banco Itaú. Toda programação é gratuita e aberta ao público.
03/08 – Domingo
O Festival continua a partir das 11h com a Escola Bike Anjo (EBA) para ensinar adultos e crianças a pedalar, Rodas de Leitura, mais jogos de Bike Pólo, Mão na Roda, Tatuagens nas Bikes, Bike Trial e, para encerrar, muita música brasileira com a banda Projeto da Mata.
Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/739330062792518/
+37 km de ciclovias em São Paulo entre os centros comerciais
Aumento da malha Cicloviária e ônibus 24 horas em São Paulo
Não é de hoje que estas duas coisas são demandas dos paulistanos. Há anos, sendo em protestos, requisições, matérias sobre transporte urbano e intervenções urbanas, frequentemente requisitamos o aumento das vias exclusivas para bicicletas e a ampliação do transporte urbano pela malha urbana (Ônibus, trem ou metrô) para 24 horas (Quem nunca deixou de ficar até mais tarde em uma festa legal ou não teve que esperar até às 4:30 para voltar pra casa?).
No evento que ocorreu em 11 de junho de 2013 na Fecomercio, a diretora de Transporte e Planejamento da Secretaria Municipal de Transportes, Ana Odila de Paiva Souza, já sinalizou que há um estudo da SP Trans para a virada na madrugada dos transportes públicos.
Mas para que isso ocorra, é necessário um profundo estudo e análise das variáveis do ambiente e necessidade, como estruturação da frota, organização, flexibilidade dos trajetos, espaço exclusivo (como os corredores), gestão operacional, caminhos desobstruídos, regularidade e confiabilidade. Como sabemos, as madrugadas paulistanas não são das mais amigáveis.
O trecho que eu fiquei muito interessado nestas propostas:
“Uma das propostas é construir 460 km de corredores de ônibus para os próximos 12 anos, sendo os primeiros 150 km até 2016. Paralelo ao trajeto, estão previstas ciclovias, que contarão com bicicletários nos novos terminais. Ainda em 2013, 60 km de sistema cicloviário, com ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota, serão implantados em São Paulo, sendo 17km no Jardim Brasil, 31 km no Jardim Helena e 12 km no Grajaú.”
Então, pelo que foi discutido no evento, a malha cicloviária pretende ser ampliada em 60KM’s. Isto é muito bom! Claro que estamos abaixo de outros estados ou capitais mundiais, mas o efeito “Cycle” já mostra o seu poder em ser incluído nas políticas de mobilidade urbana na maior cidade do Brasil (E lembro a você que até algumas décadas atrás o carro dominava como meio de transporte preferido pelos paulistanos).
Os compromissos foram cumpridos?
Não. O plano diretor de 2004 da capital paulista previa uma infraestrutura de 367 km para bicicleta até 2012, os quais não foram construídos, mas são tema de um novo plano em debate.
Para Jorge Duarte, presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da FecomercioSP, só um conjunto de soluções poderá equilibrar as atuais condições de mobilidade urbana em São Paulo. Sim, pois não há como focar toda a solução de uma metrópole em um único modal de transporte.
“Há um desafio muito grande de gestão do poder público em como integrar os planos de desenvolvimento dos modais e como discutir uma visão de futuro para a cidade que possa dar um sentido para as diferentes ideias e não fique uma colcha de retalhos”, disse Duarte. Por isso é cada vez mais importante a participação e atividade das pessoas que defendem os diversos tipos de transporte. Quanto mais você demonstrar a necessidade das várias formas de se locomover pela cidade, melhor.
Sou usuário de vários modais: Carro, Bicicleta, Trem e Metrô. O que menos tenho vontade de utilizar é o automóvel, pois não acho uma solução inteligente para se locomover pela cidade. Para distâncias curtas prefiro a bicicleta e para transporte pelo centro da Capital, acho o metrô o meio mais inteligente de se locomover. Espero que uma dia todos nós possamos intercalar os vários modais de forma mais inteligente e racional.