Velô, Las Magrelas & Cultura Urbana

Dentro de algumas décadas, as pessoas vão redescobrir que mais importante que se locomover rapidamente, é aproveitar o tempo para fazer da sua vida algo útil. Automóveis são legais, rápidos e convenientes. Mas você consegue perceber que há um semelhante à sua frente? Ao seu lado, quando o ultrapassa, percebe que tem alguém com a mesma expectativa de chegar no trabalho/casa são e salvo? Foi assim que iniciei a conversa com a Camila, uma das integrantes do Velô, nova grife de roupas dedicadas à ciclistas urbanos, cuja coleção foi lançada no Las Magrelas, na Vila Madalena, bairro descolado de Sampa.

Eu era um total estranho no ninho: Nunca tinha ido lá, e não sabia como iria ser recebido. Claro que eu fui de bike, pra conhecer a galera e bater um papo legal sobre mobilidade urbana e essas iniciativas bacanas.Quem me conhece sabe que não sou muito de socializar, costumo ser mais objetivo com o que procuro. Mas tava sábado de boas aqui em casa e pensei: “cara, eu podia conhecer o Las Magrelas, que já estava afim de conhecer há muito tempo, e também dar um apoio no lançamento da grife, né? Afinal tem tudo a ver com o meu outro projeto [CycleChic].

Dito e feito: Calibrei a fixa, botei na rua e fui pra Vila Madalena conhecer um pouco e também fazer um pedal sabático. O céu nublado dominava naquela tarde, mas quem pedala tá ligando pra isso? Nada!

Quando cheguei, já notei que na frente do Las Magrelas, ao invés de um único carro parado, havia uma paraciclo com capacidade para umas 20 bikes. Pronto: Já fui conquistado!

Paraciclo - Las Magrelas

 

Ainda sem conhecer direito a galera, pedi pra parar lá e deixar a bike: no problem. Fui bem recebido pela galera que tava na oficina dando um trato em outras magrelas. Ao mesmo tempo, chegavam várias minas CycleChic, e eu me segurando pra não pirar, falar com elas e tentar pegar uma foto. As minas eram lindas demais! Não necessariamente pela beleza, mas por realmente representar o espírito Cycle Chic (de lenço, saia e bota) andando pelas ruas.

Cheguei no piso superior e me apresentei lá pra galera, pois não conhecia ninguém. O pessoal foi super receptivo: de cara conheci a Talita Noguchi, a Aline Cavalcante e a Laura Sobenes: Todas gente finíssimas! Conversamos sobre mobilidade, sobre cycle chic, documentários e sobre o coquetel das meninas do Velô. Aproveitei para tirar umas fotos da coleção que elas desenvolveram, que foi uma das razões que me motivou a sair de pedal de Interlagos até a Vila Madá.

Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas Grife de Roupas Velô no Las Magrelas

Para quem não conhece, recomendo muito! É um ambiente super bacana, um espaço criativo e um lugar que pode render um bom papo e incitar sua criatividade, além dos lanches e das brejas que a galera vende por lá.

 

Las Magrelas: https://www.facebook.com/LasMagrelas?fref=photo

OGangorra: https://www.facebook.com/oGangorra

 

Las Magrelas – Bar e Bicicletaria e oGangorra
R. Mourato Coelho, 1344 – Vila Madalena

Pesquisa Acadêmica procura traçar o Perfil do Cycle Chic Brasileiro

Cycle Chic

A Pesquisa quer mostrar o perfil e a demanda de homens/mulheres que pedalam pelo Brasil de forma casual, ergonomicamente e de forma confortável, sem perder a estética. A pesquisa objetiva “Desenvolver produtos do vestuário casual masculino que agreguem conforto térmico e antropodinâmico, segurança e estética, voltados para os profissionais criativos que utilizam bicicleta como meio de locomoção.”

Quem é praticante do Cycle Chic e puder, participe desta pesquisa através do link no meu site do São Paulo Cycle Chic

Quem me conhece pessoalmente sabe o quanto sou a favor de uma cidade para pessoas, principalmente por propiciar a comunicação e o compartilhamento de idéias entre elas. Dentro dos automóveis, dificilmente você passará por situações colaborativas com outras pessoas (a não ser que você bata no carro delas). Ajudar a desenvolver uma cultura que aproxime as pessoas já é um bom começo se você ajudar nessa pesquisa acadêmica.

Why I Love Bikes (Porque eu amo Bicicletas)

Não poderia deixar de ser diferente: com a correria do mundo moderno, e todos querendo pegar o caminho mais fácil para fazer as coisas. Em uma sociedade moderna, nem sempre o caminho mais fácil é o mais rápido (Nem o mais inteligente). Este pequeno vídeo mostra um dia normal de uma menina que vai para o trabalho/escola/etc. E pensa nas alternativas para se locomover. Logo se dá conta que ir de ônibus é mais custoso e demorado, e então opta pela magrela.
Claro que não estamos falando de São Paulo. O vídeo foi elaborado em Toronto, mas pelo andar da carruagem dos grandes centros paulistas, logo logo será mais rápido locomover-se de bike (mesmo que a médias distâncias) pela cidade do que qualquer outro meio.
Enjoy

Primeira pedalada para o trabalho [Multimodal]

Detalhe do relógio antigo da Estação de trem de Santo Amaro
Detalhe do relógio antigo da Estação de trem de Santo Amaro

Já não é de hoje que pedalo. Eu sempre gostei, mas só parei por alguns anos da minha vida em que estava comprometido com meu futuro profissional.

Ia para o curso de bike quando tinha 16 anos. Até os 18 usava a bike como meio de transporte também, não só como lazer ou esporte.

Eis que hoje, muitos anos depois, volto a usá-la como um modal de transporte.

Eu tenho um carro, mas não acho muito inteligente usá-lo para ir e voltar para o trabalho/faculdade diariamente. Existem meios de transporte mais inteligentes para fazer isso. Como eu utilizo os trens da CPTM, consigo usar o tempo de traslado para ler, navegar ou atualizar meus projetos pessoais.

Hoje, eles pararam. GREVE. E justamente trecho que eu utilizo. Eu não tenho a menor vontade de vir trabalhar de carro. Então…

Vim de bike! Vim com meu carro até interlagos, onde tem uma das entradas da ciclovia, com meu pai para que ele levasse o carro de volta. E então de interlagos vim até a Vila Olimpia, pela ciclovia. Foram 17K em 50 Minutos. Vim mais devagar para não suar, e com a mountain bike (a minha fixa está com um barulho estranho no movimento central).

E olha que ainda vim de Cycle Chic, vestido de social para trabalhar no escritório.

Marginal pinheiros no dia da Greve da CPTM
Marginal pinheiros no dia da Greve da CPTM

Esta foto aí de cima é da hora que eu estava voltando pra casa. Mostra claramente a burrice de uma metrópole não planejada para pessoas. Como houve a greve na linha esmeralda, várias pessoas correram para seus automóveis para garantir seu conforto em meio às ruas cheias de carros vazios. Eu fiz minha parte hoje, utilizei um transporte não poluente e consegui ir e voltar sem maiores problemas. Vamos mudar essa mentalidade de que o único transporte que existe é o automóvel. Precisamos rever nossos conceitos para criar uma cidade cada vez melhor.