Primeira experiência em um Hostel no Brasil #TripsDoIsma

Pois é meus amigos, chegou a hora de começar a viajar mais. E nada melhor do que começar a entender um pouco mais sobre Hostel para conhecer novos lugares e novas pessoas. Comecei a pesquisar pelo Trip Advisor, e encontrei esse hostel bacana na região do bairro da Glória lá no Rio de Janeiro.

Um pouco afastado da badalação, é verdade, mas foi exatamente o que eles descreviam no perfil: um ambiente descontraído, com pessoas legais e muito aconchegante. Foi aí que efetuei a reserva no Discovery Hostel, sem antes (claro) perguntar se havia lugar para guardar a bike. Sim, dessa vez, além de uma trip diferente, queria fazer uma aventura mais roots: me locomover de bike pelo Rio de Janeiro. Louco, né?

Busquei informações sobre como transportar bicicletas em ônibus de viagem, uma vez que as passagens de avião para o RJ estavam a preços “normais” no feriadão e eu não tinha idéia do que deveria fazer para levá-la de aéreo. Felizmente uma das empresas tinha o informativo bem claro no site: a Expresso Brasileiro deixa à vista que bicicletas são bem vindas como bagagem, e realmente, ao embarcar, não tive problema algum com o pessoal do ônibus para colocá-la dentro.

Peguei o Bus à 00:30 com previsão para chegar no feriado de 1 de maio no RJ às 6:30. Um pouco de atraso e lá estava eu, no RJ, com a minha fixa saindo da rodoviária às 7 da matina.

Como a Raphaela do Discovery me disse que eu poderia deixar as coisas no Storage (Depósito) do Hostel e aproveitar a cidade, acabei saindo da Rodoviária em direção à Glória para começar o passeio pelo Rio.

Na chegada, fui muito bem atendido, já me identificando sobre a estadia e que sabia do horário do CheckIn (14:00). Deixei tudo (inclusive a bike) e parti para o Largo do Machado, onde saem umas Vans que fazem o passeio do Cristo Redentor.

Passeio show de bola, mas tinha muita gente (como em todos os feriados/fins de semana). É realmente impressionante a vista lá de cima.

Depois do passeio, aproveitei para conhecer um pouco mais da cidade, e dessa vez com a Magrela. Queria conhecer como são os bairros e as ruas, como é o cotidiano, a vida normal, uma rua como as de sampa. Então carreguei o celular, coloquei o Maps e fui embora. Como eu já fui algumas vezes para o Rio por causa das corridas, tinha em mente um pouco da direção que eu ia tomar pelo menos para me locomover pela zona sul. Como era um feriado, as ruas também estavam muito calmas, tranquilas e propícias a um passeio de bike (exceto pela minha dor de cabeça infernal). Foi na praia que eu percebi que a Ju também estava no Rio, olha que louco. Não havíamos marcado nada, nem combinado, e de repente estávamos lá perto. Tomei conhecimento porque ela foi marcada por uma amiga em uma foto numa praia de lá. Conversamos pelo whatsapp e ficamos de nos ver por lá.

Te digo que se eu fosse de taxi, carro ou moto não teria conhecido tão bem as ruas do Rio quanto eu conheci. Tá certo que praticamente eu só andei pela zona sul carioca, mas no primeiro dia foram quase 60KM’s de pedaladas por ruas que eu nunca tinha passado antes. Quando me dei conta, eram quase 18 horas e eu estava na Lagoa Rodrigo de Freitas, e tinha que voltar pro bairro da Glória. Quando cheguei, tomei um banho, conversei com o pessoal do hostel, inclusive haviam muitos brasileiros naquele fim de semana. Algumas meninas que também vinham de SP e estavam conhecendo o Rio pela primeira vez.

Fui dormir cedo, umas 22 horas, e permaneci até às 9 do dia seguinte, porque a dor de cabeça não havia passado. Mas depois de um belo café da manhã preparado pela Cris, que trabalha no Hostel, peguei a magrela e saí novamente para conhecer outros lugares. Dessa vez, com a trava da bike para poder parar e entrar nos parques, restaurantes, etc.

Nesse dia, conheci a Gávea, a Urca, o Bondinho, Leblon e Ipanema, e adjacências. E o melhor de todos, que não podia faltar: O Jardim Botânico. Tudo isso em quase 6,8 horas de pedal pela Cidade Maravilhosa. Foi um dia indescritível.

Foi aí que marquei com a Ju de irmos ao Rio Scenarium, que fica na Lapa (Pertinho do Hostel). Encontrei com ela e algumas amigas dela e passamos a noite nos divertindo e (pasmem) dançando um samba, rsrsrs.

Como eu queria ir embora logo pela manhã, e acabei chegando no hostel por volta das 3:00am, dormi o suficiente pra recuperar um pouco das energias e já preparei a mochila e a bike às 8 da manhã para partir de volta à SP.

Nesses três dias percebi a diferença que faz viajar, conhecer novos lugares, reencontrar pessoas queridas em lugares tão distantes e sair um pouco mais.

Como eu estava de fixa, pude ir à qualquer lugar, me perder e me encontrar novamente pelas ruas do Rio. Aconselho a quem puder ir, se não puder levar sua bike, que alugue ou compre alguma para aproveitar e ver a cidade de um ângulo diferente. Você duvida? Dê uma olhada nas fotos abaixo e veja o que eu estou dizendo.

Até mais,

SP precisa desostentar

O post do Bruno Paes no Blog do Estadão de ontem demonstra perfeitamente a nova relação que os cidadãos passam a ter com as cidades. Aos poucos estamos deixando de ver São Paulo como vias-asfaltadas-para-chegar-mais-rápido-no-trabalho, para vê-la como uma cidade feita para pessoas.

Por anos, a fórmula ir de carro ao trabalho, trabalhar, almoçar perto, voltar ao trabalho e voltar do trabalho de carro começa a te colocar em uma bolha da vida que você só toma conta (se tomar) depois de muitos anos.

A relação de uma cidade em que o trajeto lhe abre os olhos para os problemas que vão além dos seus problemas familiares/dos vizinhos/dos amigos, impõe uma dinâmica diferente para os cidadãos: eles passam agora a cobrar por uma cidade melhor, não só para o seu círculo de relacionamentos, mas também para as pessoas que utilizam o mesmo flow que você.

Vale a pena dar uma lida .

A melhor forma de implantar ciclovias nas cidades

 Radwende - Mapa colaborativo realizado por ciclistas

Como você pode prever o melhor caminho para as ciclovias? Às vezes podem ser construídas, e seu fluxo fica aquém do planejado. São Paulo está a cada dia mais caminhando para aumentar o número de ciclovias na cidade (ciclovia = faixas dedicadas para ciclistas, enquanto ciclofaixa = faixa compartilhada [Multimodal]), e nessa implantação, como dimensionar corretamente os melhores trajetos para os ciclistas?

Simples, observando qual é o percurso mais utilizado. Mas como fazer isso se você não anda de bike, não tem pesquisa de opinião com o público ou não conhece as necessidade de cada região (tanto das pessoas que NÃO utilizam bicicletas quanto os ciclistas).

Se liguem na solução que uma cidade Alemã adotou:

A cidade de Wiesbaden foi eleita a pior cidade da Alemanha para se locomover de bicicleta, então uma agência resolver ajudar a cidade a mudar isso através de um App: o Radwende.

[ Para quem já pratica esportes já deve imaginar como foi essa ajuda. Se você não corre, continue lendo ]

Através do App, eles conseguiram mapear as necessidades dos ciclistas através do fluxo de informações do App: “Nós acreditamos em mudança, porque um monte de gente na Câmara Municipal, bem como os cidadãos,  querem que isso aconteça”, diz o fundador da agência, Michael Volkmer, que foi a força motriz por trás do projeto. “Mas é um problema da galinha e do ovo: A cidade não investe se as pessoas não utilizarem as vias, e as pessoas tem receio de utilizarem porque não é seguro. ”

Desde Maio, os ciclistas locais já alimentaram uma base de dados com 3000 percursos realizados. Desta forma tem-se os dados de quais são as rotas com maior fluxo de pessoas e, assim, pode-se mapear em quais regiões existe uma demanda maior por ciclovias.

Você pode ver um pouco do trabalho do Robô e de como o projeto foi forjado no vídeo abaixo:

A prefeitura acompanha de perto a formação dos mapas e com o tempo, pode analisar a viabilidade da implantação destas vias. Os cidadãos também ajudam a construir este mapa, atendendo aos chamados dos eventos de pedalada quando convidados, mas o mapeamento é totalmente aberto: você contribui fazendo o seu trajeto normalmente enquanto vai levar o seu filho para a escola, vai para o trabalho ou ao supermercado. Essa é a verdadeira necessidade de mapeamento do coworking realizado em Wiesbaden.

Segundo o fundador da agência, outras cidades já sinalizaram interesse em utilizar a ferramenta para buscar soluções em mobilidade. Volker explica que os governos/empresas podem criar um ambiente de gamificação para atrair novos interessados e fomentar a economia/cultura na cidade. Se você quer mais ciclovias, a prefeitura poderia fazê-las mediante uma meta em quilômetros pedalados pelos cidadãos (a cada X KM’s pedalados, 1 KM de Ciclovia seria construído) ou as Lojas podem oferecer descontos para os consumidores que vão ao estabelecimento de bike, etc.

Tá aí uma ótima iniciativa que pode pegar bem nas outras cidades. A grande questão nas metrópoles como São Paulo é que a bike ainda é tratada como um equipamento de lazer. Com o adensamento populacional e a gentrificação cada vez mais tomando conta da cidade, vai ficar cada dia mais difícil se locomover em um espaço disputado por ônibus, carros particulares, táxis e outros modais. A conscientização de que a bicicleta irá tornar-se mais uma alternativa nas grandes cidades já está começando a tomar forma, mas sem a ajuda da estrutura pública para a construção de vias decentes, torna-se cada vez lenta a mudança da mentalidade dos cidadãos.

Mais informações no site do App: https://www.radwende.de/en/

Villa Lobos Fixed Gear

 

 

 

 

Algumas fotos dos dias frios de outono/inverno de 2012. Alguns rolês de bike, visitas à igreja e streetart pelas ruas de Sampa

Villa Lobos Fixed Gear

 

Fixed Gear State of Art

Villa Lobos Fixed Gear

Igreja São Francisco de Assis - Vila Clementino

 

A Igreja onde costumava passar o almoço quando trabalhava na Vila Clementino

Pacaembu Street Art

 

E pelos muros da cidarte

Pacaembu Street Art

Pacaembu Street Bike & Art

Bike & Ibirapuera

Igreja São Francisco de Assis - Vila Clementino

WORLD BIKE TOUR SÃO PAULO 2014 ADIADO PARA 02/FEV | INFORMATIVO

Alterar data de prova é a pior coisa que uma organização pode fazer. Na corrida, significa que todo o seu planejamento vai ser prejudicado por um fator externo (se bem que o WBT é um PASSEIO). Mas vamos dar um ponto pra organização da World Bike Tour, pois no comunicado que estou retransmitindo abaixo (na íntegra), eles deixam bem claro a causa do problema.

Passeio Ciclístico do aniversário de São Paulo adiado para 2 de Fevereiro

Por fatos alheios a esta organização e que provêm da retenção de uma balsa pela Capitania dos Portos no Estado do Pará e que comprometeu o transporte desde Manaus e a chegada na totalidade das 8000 bicicletas, a serem usadas para o evento em São Paulo, esta organização e os seus parceiros viram-se forçados a adiar a realização do mesmo para o próximo dia 2 de Fevereiro de 2014.

Foram vários os esforços para tentar fazer chegar as cerca de 2000 bicicletas em causa, tais como o frete de transporte por via aérea. Esgotadas todas as possibilidades e com todo o pesar desta organização, informamos todos os interessados desta situação.

Informamos ainda que toda a atividade da Feira World Bike Tour, nomeadamente a entrega dos Kits de Participação, se mantêm como o previsto eque se mantêm todas as indicações abaixo à exceção da data do passeio:

LARGADA

Acesso: Avenida Roberto Marinho
Local: Ponte Octávio Frias De Oliveira (Ponte Estaiada)
Horário: 09h00
Data: 2 de Fevereiro de 2014

Todos os participantes devem acessar a ponte estaiada pela Avenida Roberto Marinho pelas 07h00 da manhã e dirigirem-se a alça assinalada com a cor igual à da sua pulseira (Amarelo, Azul, Verde e Vermelho) e seguirem todas as indicações da organização.

PERCURSO

O novo percurso com cerca de 10 Km mantem a largada no grande marco arquitetônico da cidade, Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada), seguindo pelo contra-fluxo da pista local da Avenida de Magalhães de Castro (Marginal Pinheiros sentido Interlagos) até à Rua Itapeaçu, passando nesse trecho ao lado da Ponte Eng.º Ary Torres e sob a Ponte Cidade Jardim, entrando pela Rua Dr. José Augusto de Queiroz, acessa às Avenidas Lineu de Paula Machado, seguindo pelo contra-fluxo até à Praça Prof. Cardin, retornado pela outra pista da mesma avenida em contra-fluxo, entrando no Jokey Clube São Paulo onde será o seu termino.

SQUEEZE

Uma boa hidratação é indispensável, antes, durante e após a atividade física!

A organização do WBT e a Levorin, disponibilizou para todos os participantes um “Squeeze” (garrafa) para que seja utilizado no processo de hidratação. Higienize-o, abasteça-o de água ou com bebidas isotônicas e hidrate-se antes do passeio WBT. Durante o passeio existirão postos de reabastecimento de água criados pela Sabesp.

CHEGADA

No final do passeio World Bike Tour São Paulo 2014 no Jokey Clube, e queira voltar pedalando para acessar o local da largada na Ponte Estaiada, utilize a Ciclofaixa “trecho Sul/Oeste”. O trecho da Ciclofaixa junto ao Jockey Clube (chegada do passeio) será reaberto às12h00, podendo ser também uma excelente opção de continuar pedalando na sua nova bicicleta.

BICICLETA

O elemento mais esperado por todos os que participam neste evento é a bicicleta. Como facilmente compreenderão a operação logística para garantir a colocação de 8000 bicicletas no local de largada é complexa. Em todo o processo desde a carga, transporte e descarga é natural que algumas bicicletas fiquem desajustadas. Se ao pegar a sua bicicleta verificar que a mesma está desajustada, por favor mantenha a calma, procure um dos vários mecânicos disponíveis para que o mesmo possa proceder aos reajustes necessários. Os mecânicos estão disponíveis no local da largada e ao longo de todo o percurso. Jamais jogue a sua bicicleta no chão ou a vandalize, pois não servirá mais para si ou outra pessoa e obrigará a uma intervenção maior para que possa ser reabilitada.

TRANSPORTES PÚBLICOS

Se pretende utilizar o Metrô, jogue pelo seguro trazendo o bilhete único evitando as filas da bilheteria. Não esqueça de consultar o regulamento do Metrô, quanto ao transporte de bicicletas, em www.metro.sp.gov.br/sua-viagem/bicicleta-metro.aspx .

Para acessar a Ponte Estaiada (local de largada do passeio) as estações mais próximas são a estação do Morumbi e da Berrini. A CPTM reforçará neste dia o contingente de carros na linha 9 – Esmeralda.

A Organização do World Bike Tour São Paulo e seus Parceiros, agradecem desde já a compreensão de todos.

#19072012 – O dia do acidente de fixa

Maldito motorista! Porque você estava na ciclovia de carro, seu idiota? E ainda não prestou atenção no fluxo? Eu tava de férias, treinando na fixa bem no meio da semana (quinta-feira) e esse idiota manobra o carro no meio da ciclovia. E para que não acontecesse algo pior, pra desviar, acabei ralando o queixo no chão por conta desse idiota! Levei três pontos no queixo, além de vários arranhões e tive que tomar a anti tetânica pra não correr o risco de infeccionar.

Obrigado seu idiota motorizado na ciclovia, nunca vou esquecer de você. FDP!Acidente na ciclovia do Rio Pinheiros Acidente na ciclovia do Rio Pinheiros Acidente na ciclovia do Rio Pinheiros Vovozinha de Aerospoke Acidente na ciclovia do Rio Pinheiros

Na França, funcionários são incentivados a ir ao trabalho de bike

Paris tem mais de 372 quilômetros de ciclovias. Na capital francesa, a bicicleta é um meio de transporte tão usado quanto o metrô e os ônibus.

Uma série de medidas para incentivar a população a usar bikes em vez de veículos motorizados foram anunciadas pelo governo francês. A principal mudança será feita pelas empresas. Elas pagarão pelo gasto no transporte de seus funcionários e, em troca, terão incentivos fiscais. O que é certo até agora é que cada empregado que aderir a medida ganhará 21 centavos de euros por quilômetro percorrido.

A iniciativa partiu do ministro dos Transportes, Thierry Mariani, que apresentada em Paris, foi resultado de um estudo encomendado ao deputado e prefeito do 15º distrito de Paris, Philippe Goujon. Na França, o percurso médio é de cinco quilômetros.

Mariani indicou que outras medidas serão analisadas, permitir que os ciclistas avancem o sinal vermelho quando, marcar as bicicletas para evitar roubos e construir mais ciclovias.

A idéia vai na contramão do nosso Brasil, onde mensalmente os números de emplacamento feito pelos Detrans espalhados pelo país são vistos como “medida da produção industrial”. Países que já passaram pela industrialização e estão adequando a realidade da pós-industrialização estão procurando meios de melhorar a vida de sua população.

Vi enquanto minha mãe assistia o Jornal da Band (Link para o vídeo da matéria logo abaixo)

http://www.band.uol.com.br/videos_embed.asp?id=14820224&w=620&h=380