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10 Coisas que você precisa entender sobre relacionamentos
Digamos que eu aprendi muito com o meu último relacionamento. Digamos que eu aprendi até demais a ponto de evitar por um bom tempo encontrar uma namorada como a última que me deixou lá por 2010/2011. De lá pra cá, passei a desacreditar no amor como a maioria das pessoas veem. Minha ex-namorada não era nem um pouco romântica: com ela, aprendi a ser o mais frio possível na área das emoções e dos sentimentos. Três anos se passaram e algumas coisas de abrandaram, como essa visão apocalíptica de que o amor sumiu da face da terra, ou é coisa que estatisticamente acontece com 1 pessoa a cada 1 milhão de seres humanos. Mas não vou negar que ainda existe uma grande dúvida com relação à veracidade dos sentimentos quando eu inicio uma conversa com uma possível “candidata” a namorada. Dias difíceis…
Pois bem, para aprender mais (e não negativamente) sobre os relacionamentos é bom dar uma lida nessas 10 dicas que a Allison Henner postou no seu Blog (em inglês). O texto é bem completo e detalha cada uma das 10 lições, eu apenas pontuei aqui pois creio que todos já devem saber o que cada uma significa:
1. Mal-entendidos são inevitáveis
2. Confiança
3. Deixem sentir a falta um do outro por um tempo
4. Incentive o crescimento e a mudança
5. Comprometimento não significa que você é fraco
6. Admita suas fraquezas
7. Às vezes, você só pode aceitar as coisas, não corrigi-las
8. Perdoe rapidamente e verdadeiramente
9. Nunca espere nada
10. Mostre seus sentimentos
É quase um mantra para que vocês possam viver a cada dia o melhor dia de suas vidas 🙂
Aproveite para ver também o projeto da Fotógrafa Amanda Jane Jones intitulado My Better Half: Fotos de casais, seus costumes e como eles se completam 🙂
Certas coisas
Certas coisas na vida não merecem uma segunda chance
Desencantros
Amor, às 18:30 no Starbucks da Augusta?
Ela: Sim, pode ser.
Ok
…
…
Nunca mais a vi
O Amor morreu
O Amor morreu, essa é a verdade. Aos iludidos, podem acreditar nos sorrisos abertos, olhos no olhos e declarações. O Amor é transacional. Houve um tempo, distante, em que o vi passar. Ela parecia a mais linda das mulheres. Eu realmente acreditava que era verdade. Mas passou…
… Fitas sujas de tinta e ruídos a cada tecla
Conexões depois da meia noite…
…Alta velocidade em salas com lotação máxima de 40 pessoas
Sorrisos pela webcam…
…Blogs erradicando a sensação de ser amado
Whats(App)Love…
…Nuvens
Ainda que transite por tudo isso, o sentimento e a sensação não mudam. Mas foi em vão, todas.
Não houve, nunca existiu. Inexiste. Jaz(z)
16/06/2013 – 03:56am
H: amor?
M: o q?
H: te amo…
M: Boa mentira…
H: mentira?
M: Sim, mentira. Daquelas quando sonhamos
H: mas não é um sonho. Eu estou lhe dizendo nesse momento.
M: talvez você esteja certo: pode não ser um sonho. Talvez seja um pesadelo.
Se eu tivesse a bike eterna (o eterno pedal)
Ah, eu não sentiria essa solidão no peito
Não ficaria triste ao ver um casal se beijando
Não precisaria ver as cenas da vida
É como estar em um carro
Mas carros não tem graça. São de uma solidão passiva
Queria mesmo e poder andar sem destino
Mas com destino certo
Não preciso ver falsos amores
Nem elas com eles (o padrão se repete)…
…da ausência dos sentidos
Voltando para casa, eu posso notar, mais do que qualquer outra pessoa, as sensações.
A cada olhar, um abraço apertado, sorrisos…
Gestos delicados de uma mulher a um rapaz, o cuidado com que as moças mexem no cabelo quado conversam com os homens. O olhar do cavalheiro ao oferecer passagem para as damas.
Pequenos gestos…
Hoje, e não só hoje: a muito tempo. Tenho visto estas pequenas demonstrações de afeto e carícias. Desde 2010, quando eu descobri que não fui feito para o amor, passei a sentir muito mais as sensações que o amor causa na gente. Tenho visto milhares de casais nestes três anos de solidão, e suas graduações de ternura e afeto.
Lábios próximos, toques. Mãos no pescoço, olhos fechados. Um simples toque no corpo do outro, como se uma pessoa pedisse a outra um pouco de proteção. São sinais que eu não recebo mais, mas posso ver em todos aqueles que tem um cúmplice no crime de amar.
De fato, a ausência aguça os sentidos. Assim posso dizer que sinto muito mais o amor agora do que quando estava acompanhado.
Realidades
Você poderia deixar de enxergar tudo como uma bela história de amor, e entender que na vida real, não existe final feliz. Existe o fim!
Por favor, não caia em pilha alheia. Só fara você sofrer.
Com o tempo você vai perceber que, por mais que tente ajudar, tente ver a situação no lugar da pessoa, tomar as dores por ela, ou até apaixonar-se por devido a dedicação que essa pessoa tem em lutar pela vida e resolver seus problemas, elas sempre vão mostrar-se mais fortes que você, e vão lhe retribuir com uma saraivada de ofensas ou simplesmente vão te ignorar, ignorar tudo o que você fez ou todo o carinho que você possui. Assim é a vida. Aprenda!
Hiroshima Mon Amour
Ontem assisti um filme que há muito tempo havia postergado: Hiroshima Meu Amor. Ultimamente tenho evitado assuntos e conteúdos relacionados ao amor, visto que já entrei em boas enrascadas por conta desse sentimento, e quase perdi uma amizade de anos por conta disto.
O filme, de 1959, extrai com grande competência os sentimentos e as controversas relações amorosas que permeiam a vida humana. A trama entre os dois personagens, Eiji Okada e Emamuelle Riva, ambos casados, se envolvem em uma relação amorosa lembranças de ambos (com maior força à atriz) vêm à tona e desencadeiam uma série de diálogos entre o presente de esperança e o passado trágico, onde Emanuelle perdeu seu amor em Nevers (Curiosamente, em inglês, Nevers faz alusão à palavra nunca) assim que ganhou a liberdade.
Pequenas frases ao longo do filme me fazem lembrar da minha vida. O filme proporciona esta sensação a todos os expectadores, com frases de efeito e que remetem à lugares, pessoas e lembranças longínquas.
Estranhamente, esta é a sensação que tenho quando me apaixono por alguém. Ao mesmo tempo que esta pessoa pode trazer o brilho nos olhos, também pode trazer consigo as dores e “mais uma morte” em minha vida. A nossa procura por uma pessoa que realmente nos faça feliz e que entre em nosso mundo para completar a caminhada, rumo a algum lugar deste mundo.
Ao longo do filme, Emanuelle cita Hiroshima como a cidade onde ela encontrara a Paz. Ela foi para lá para atuar em um filme sobre a paz, e imaginaria que Hiroshima significava o fim da Guerra, e o novo tempo de paz que ela estava procurando. Ao mesmo tempo, tenta resolver seus conflitos psicológicos em um romance com Eiji Okada, Engenheiro e político que conhecera na cidade.
Utilizei esta frase em 2012. Esquecida entre os dias de outono, e não mais que isso. Na verdade, a primeira vez em que usei com convicção. Então percebi a grande diferença entre as pessoas: O que tem imenso valor para você pode não significar absolutamente nada para outra. Essas palavras, presas por 31 anos e guardadas para uma hora apropriada, foi recebida simplesmente como um conjunto de palavras em significado algum por outrém. Ali eu notei o fim do amor, e que por mais que eu tente lutar contra a ausência dele e tentar driblar o destino, as circunstâncias me provam que sentir algo por uma pessoa, em minha existência, sempre será a opção errada.
Outra lição aprendida neste ano: acabamos sendo seletivos demais com os outros. Coisas podem acontecer debaixo de nossos pés, e não percebemos. Apenas notamos o que queremos notar. Eu tento ver tudo o que me circunda, mas o próprio ato de selecionar o que quero ver pode fazer com que perca pequenos detalhes da vida, e dos acontecimentos.
Esta sequência é muito boa. Explica como somos todos loucos por aqui. O filme é excelente em sua construção, utilizando flashbacks e passagens silenciosas, que o fazem refletir. Nesta passagem, Emanuelle, discursa sobre a loucura, comparando-a com a inteligência. Não podemos de fato explicar o que é loucura. Nem o mais sábio dos seres humanos têm uma definição do que é. Somos todos loucos por aqui. É um estado muito pessoal, de reflexão sobre você mesmo, e sobre o mundo. Mas você não sabe quando isso acontece. Pode ser louco e nem notar isto. Você pode entender o que é a loucura? Sabe diferenciá-la? A personagem explica sobre sua maldade quando achava que estava louca. Mas realmente era um estado em que se encontrava? Não seria má o tempo todo, e então louca por completo?
Sim, o olhar de uma pessoa que não vemos a tempos denuncia o esquecimento que temos com os outros. Aquele gesto de fechar um pouco mais os olhos ao ver um conhecido, amigo de anos atrás ou tentar lembrar seu nome. Os olhos sempre denunciam o que passamos internamente.
Para quem nunca assistiu, recomendo o filme. Para os padrões atuais, onde as emoções são explicitamente gesticuladas, reações exaltadas por todo o filme, talvez muitas pessoas não entendam a estética de um filme de 1959. Considerada uma obra prima do cinema, esta produção franco-japonesa merece todos os créditos por sua beleza e profundidade ao analisar a memória, a psicologia e o comportamento dos personagens, bem como os traumas que os afligem.