Quem diria, Isma

Sobre cisnes negros, a volta de sentimentos e um tapa da realidade

Este mês de janeiro foi bem movimentado, nada parecido com os janeiros dos anos anteriores. Não mesmo.

Acabei de finalizar a leitura de im livro muito interessante: A lógica do cisne negro, que aborda o acontecimento de eventos não previstos e o erro que a maioria das pessoas cometem ao basear sias decisões somente em eventos já ocorridos anteriormente. Legal, livro grande com 458 páginas. Mas é aí, o que é que isso tem de diferente? Pois bem, a diferença é o que acontece quando eu comparo isso com experiências passadas e com o meu momento presente.

Ao ler este livro, que estava estacionado desde o ano passado, eu vinha exercendo um bom controle sobre a minha vida afetiva, simplesmente ignorando o fato de que o amor seria algo que poderia acontecer com esse cara que vos escreve este texto. As últimas experiências sempre acabavam com um certo bloqueio de minha parte, ou achando que a outra pessoa não sentia o que eu esperava que ela sentia, ou porque não via o brilho nos olhos na pessoa, ou porque mesmo com todos os sentimentos à vista, eu simplesmente me fechava para o mundo à volta.

Acontece que, ao retomar a leitura deste livro, comecei a tomar ciência do que o autor chama de “Cisne Negro”, um evento de grandes proporções que não estava previsto, e causa grandes impactos por onde passa. Eles podem ocorrer em qualquer lugar, desde atividades econômicas e de ordem natural, até situações sociais e afetivas (É essa ultima atividade estava há um bom tempo bem calminha e ofuscada em minha vida, sem muitas surpresas).

Mais para o finalzinho do livro, que acabei de ler justamente hoje, o autor começa a abordar o problema que é desconsiderar estes tais cisnes negros. Envoltos em um mundo cada vez mais lógico e cada vez mais (assim achamos) previsível, tendemos a não levar em conta alguns raros fatos que podem impactar muito nossas vidas. Achamos que tudo está favorável quando vemos o mundo sob uma perspectiva mediana, não nos expondo aos casos do mundo que o autor denomina como “extremistão”. É o que acontece quando esses efeitos aparecem? Sim, um impacto grande em nossas vidas, seja para o indivíduo, um grupo ou sociedades inteiras.

Se adotarmos está raciocínio, ocultar ou deixar de se envolver em situações que exigem aprendizado podem acusar o mesmo problema: você se isenta de tais experiências, e enquanto elas não ocorrem você vive bem sem elas. Mas e se um dia você passar novamente por tais “Extremos”?

Meus últimos anos foram muito bons: previsíveis, com uma linha clara de horizonte dos próximos meses e seguindo uma rotina (pesada), mas que tinha o controle das situações na mão. Mas é quando adentramos novamente em terrenos que estamos acostumados, e em alguns casos até abandonados por anos? Foi assim que janeiro começou.

Essa estrada abandonada a algum tempo se chama o amor, área até então pouco explorada, com experiências passadas, mas que nos últimos anos estava sem passagem, com a grama alta, quase não se via a trilha por conta das árvores grandes da lógica que faziam sombra. Foi em janeiro que um feixe de luz foi visto através da mata, um pequeno feixe que abriu um risco de esperança de que essa estrada sempre deixada de lado pudesse ser reavivada.

(Tudo que foi escrito acima estava em meus posts de rascunhos, até Janeiro- Estou retomando o texto em Maio)

Bem, a princípio os feixes de luz foram apenas lampejos em Janeiro, passaram-se os meses, e a expectativa de algo que poderia mudar uma trajetória amorosa desastrosa dos últimos anos não se confirmou. Bem, apenas serviu para reavivar algumas áreas do comportamento que não eram exercidas com frequência. Apaixonar-se, gostar de alguém, carinho, cuidado, são palavras que não tem muita frequência em meu compendio. Acabei comprando outra bicicleta (pois casar está bem difícil), um go-pro e alguns dias a mais na academia que o que estava de costume.

Vida que segue…

#Microconto001 – Minha vida foi hackeada

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_ Hello World!

_ Minha vida não tem sido muito normal. Depois de toda essas decepções, bem, não tem sido muito fácil acreditar nas pessoas

_ Um dia desses, vi o cartaz na estação de trem do #MrRobot. Achei que seria mais uma série babaca estereotipando aqueles que tem mais afinidade com tecnologia do que com certas pessoas. Baixei, vi. Gostei 😉

_ O gacho principal é a tecnologia, mas o que prende a atenção não é a tecnologia. O que te prende são as relações:

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Sobre quando a gente encontra coisas boas da vida

_ A melhor primeira impressão é entender que existem pessoas escapam do que chama de senso comum. quotidianus. Tipo isso. Mas não só isso. A grande sensação de estar quebrando a pirâmide de Maslow, sem as necessidades financeiras de que a maioria deseja, sem a necessidade de querer ter o último carro ou querer andar de carro para exibir uma posição ou estar nos degraus do que a sociedade julga “normal” / “suficiente”.

_A primeira grande sacada que sai no primeiro capítulo, quando o Indiano descoberto questiona o que o jovem protagonista da série quer:

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$$$?

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_Nem todos reagem aos mesmos estímulos que você, meu amigo. É isso que fazem as pessoas serem tão interessantes, e ao mesmo tempo desinteressantes. Se você não entender  o comportamento humano, pode se dar muito mal na vida, achando que tudo se serve para você serve para os outros, mas também se souber demais, pode começar a manipulá-las. E quando elas te magoam, pode deletá-las tb:

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_Aquele que não precisa estar no Topo do Mundo para ser notado. Aquele que não precisa ostentar uma vida glamourosa ou marcar cada evento em redes eletrônicas sociais para exercer influência. É disso que se tratam as coisas afinal: influência. O quanto você exerce na vida das pessoas, vc quer, elas querem, para quê? Os novos podem passar despercebidos e serem notados sem serem vistos [Funcionário ER28-0652]. Baias, fones, camisas bem passadas, ~alinhamentos~. Como sempre, existe uma mulher na trama (Sempre existem), amiga de infância com a minha amiga Sabrina, que me deu o primeiro beijo quando tínhamos 6 anos.

#DressCodes – Formas de flattear as visualizações humanas, como identificar silos sociais pelo logotipo à direita do peito das camisas. Por sorte ou convivência e identificação dos propósitos destes mecanismos, sempre evitei marcas em minhas roupas – Primeiramente por necessidade, não tinha condiçõe$ – e em seguida por aprendizado da primeira fase da minha vida – 00:08:23 – A primeira vez que Elliot é chamado pelo nome no primeiro capítulo. Até então, era apenas um cara estranho falando um pouco da sua vida em 8min. [Mais tempo que um pitch]  – E Ângela brava continua linda.MrRobot07.PNG

Só agora revendo a série é que notei a semelhança com o nome do diretor executivo. Talvez para quem não tenha problemas de relacionamento e seja viciado em tecnologia, #MrRobot não passará de uma série interessante para se ver na horas vagas – para quem se aprofunda um pouco mais ou gosta de traçar paralelos entre várias coisas da vida, a série pode servir como um belo lembrete de como conviver em um mundo louco. Acho que foi por isso que curti a série: Muitas coisas que passam despercebidas são loucas. Krista é uma psicóloga, e nada me deixa mais intrigado que eles, por acharem que possuem uma habilidade especial para ouvir as pessoas (quando em grande parte do tempo, realmente apenas ouvem os desabafos). Como eu imaginava, os pacientes tem mais consciência do que os ouvintes. Força bruta [BruteForce], isso foi muito anos 90/00 – Esses programinhas eram muito usados, mas achava que hoje os bloqueios por tentativas eliminavam esse tipo de ataque. Engenharia social é o tema bacana desse primeiro episódio. Na verdade 90% do conteúdo pode ser acessado sem programar uma linha de código sequer:MrRobot08.PNG

Eis o novo antropólogo digital atual:

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_Também sinto-me feliz quando percebo que posso ler as pessoas [Na verdade, sinto-me com sono quando converso com pessoas que já consigo identificar seus fluxos – As pessoas que me chama a atenção são aquelas indecifráveis].

_Você é diferente da Maioria.

_Você, ao menos, tenta.

_Você, ao menos, entende.

Entendo o quê?_

_Como é sentir-se sozinho.

_Você entende a dor.

_Você quer proteger as pessoas disto.

_Você quer me proteger disto.

_Eu respeito isso em você.

_Elliot também costuma faltar no aniversário das pessoas mais próximas que o chamam.

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_A vida tende a ser assim. Não é porque você trabalha com muitas pessoas, pega um trem lotado ou tem 1000 amigos no facebook que você não está sozinho. Em realidade, hoje você é mais sozinho do que alguém que vive isolado na amazônia.

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Melhor resposta do Elliot quando Shayla o chama para sair à noite >>>

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Melhor criptografia do mundo ~ A que sempre foi usada.

_Elliot aparentemente sofre com alucinações e pensamentos malucos durante o dia, trabalhando em uma empresa de segurança e um relacionamento colorido com sua fornecedora de drogas Shayla.

“O que eu não daria para ser normal?
Para viver naquela bolha,
a realidade dos ingênuos.”

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_A realidade que todos procuram: felicidade, sossego, alivio e paz. Quem sabe de quebra até uma namoradinha, como vocês acham que foi o que aconteceu na foto acima. Pois bem, nem sempre as coisas são do jeito que a gente quer.  Uns acreditam no dinheiro, outros no amor, alguns em status, outros em respeito, muitos em aparência, alguns em caráter – Assim levamos os temas, pelas nossas crenças e por nossas expectativas. Tentando enxergar a melhor forma para nossas felicidades. Como você vê a vida?

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A vida solitária

Após a formação, uma pausa nas corridas e consumo de filmes europeus e cervejas alemãs, começou o processo de lonelyzação. Altas doses de trabalho para passar o tempo, a dedicação até altas horas para complementar o tempo que outrora era dedicado à faculdade. Junte isso a pilhas e pilhas de livros sobre comportamento, economia, neurociência e tecnologia. Pronto: o passatempo está montado. 

Os melhores amigos só te chamam agora quando vão casar ou quando a chegada do filho está próxima. As opções de companhia são reduzidas, ainda existem, mas são parcas.
Passeios de bike, long ou corridas pela cidade se tornam mais constantes ao passo que você não dispõe de muitas opções de lazer, embora elas existam mas você inconscientemente as nega.
Com o tempo, a pesquisa e estudo passam a se tornar um passatempo mais frequente: não é necessário sair de casa, tampouco ter que se aventurar pelo mundo é ser mal recebido quando você aparece.
E de repente, você começa a se tornar hipocondríaco, achando que tem todas as doenças do mundo. Se você sente o sangue circulando do pescoço até a nuca, começa a imaginar que algo está errado.
Nessas horas eu começo a perceber que tenho que sair de qualquer forma, mesmo que as amizades que combinam que vão sair com você cancelam o almoço de última hora. Neste dia, o que importa é efetivamente não ficar em casa.
A ida a casa dos parentes não são tão agradáveis, não pelos parentes, mas pelo costume de não estar no mesmo lugar de conforto.
Não seguir a norma tem seu preço: não casar cedo, não gostar da música popular, estudar e escolher demais a mulher da sua vida tem dessas.
Aproximar-se das pessoas nos últimos anos tem sido uma tarefa complicada, ainda mais quando não se tem vontade de conhecê-las. Exercitar a difícil tarefa de convívio em sociedade quando se deixa de tê-las por um período é bastante complicado. É como perder peso depois dos 30. Não é impossível, mas requer dedicação e tempo, duas coisas que achamos que nunca temos.
Enfim, voltar a socializar é uma tarefa complicada para quem se acostuma demais a viver a vida por si só. Quem está de fora não tem ideia da dificuldade que é conversar com um estranho ou tentar se enturmar em um grupo novo.
Seguimos tentando 

Matando o Desencantros

Alguns meses atrás tive a ideia de criar um Tumblr com microcontos sobre pequenas situações da vida sob diversos aspectos emocionais.

Hoje estou matando mais um Tumblr, para ganhar um pouco mais de tempo de vida. 🙂

Algumas peças do tumblr estão nesse post:

 


Casar ou comprar uma Bicicleta?

18 ou 21 Marchas?


Achei que era amor, mas era só mais uma canção


AMOR: CRTL+SHIFT+DEL


Amor: Erro 404


Azar no Jogo, Azar no Amor, e Sorte no Azar…


É tempo de cometer novos erros

E o meu erro foi te encontrar


– Entao é isso?

-Sim…

– Acabou?

– Exatamente!

– Houve Amor em algum momento?

– …

– … Nunca existiu.

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10 Coisas que você precisa entender sobre relacionamentos


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Digamos que eu aprendi muito com o meu último relacionamento. Digamos que eu aprendi até demais a ponto de evitar por um bom tempo encontrar uma namorada como a última que me deixou lá por 2010/2011. De lá pra cá, passei a desacreditar no amor como a maioria das pessoas veem. Minha ex-namorada não era nem um pouco romântica: com ela, aprendi a ser o mais frio possível na área das emoções e dos sentimentos. Três anos se passaram e algumas coisas de abrandaram, como essa visão apocalíptica de que o amor sumiu da face da terra, ou é coisa que estatisticamente acontece com 1 pessoa a cada 1 milhão de seres humanos. Mas não vou negar que ainda existe uma grande dúvida com relação à veracidade dos sentimentos quando eu inicio uma conversa com uma possível “candidata” a namorada. Dias difíceis…

amanda jane jones my better half

Pois bem, para aprender mais (e não negativamente) sobre os relacionamentos é bom dar uma lida nessas 10 dicas que a  Allison Henner postou no seu Blog (em inglês). O texto é bem completo e detalha cada uma das 10 lições, eu apenas pontuei aqui pois creio que todos já devem saber o que cada uma significa:

1. Mal-entendidos são inevitáveis
2. Confiança
3. Deixem sentir a falta um do outro por um tempo
4. Incentive o crescimento e a mudança
5. Comprometimento não significa que você é fraco
6. Admita suas fraquezas
7. Às vezes, você só pode aceitar as coisas, não corrigi-las
8. Perdoe rapidamente e verdadeiramente
9. Nunca espere nada
10. Mostre seus sentimentos

É quase um mantra para que vocês possam viver a cada dia o melhor dia de suas vidas 🙂

 

Aproveite para ver também o projeto da Fotógrafa Amanda Jane Jones intitulado My Better Half: Fotos de casais, seus costumes e como eles se completam 🙂

amanda jane jones my better half

 

Aquela vadia…

Se não fosse por ela, não teria descoberto que estou mais sozinho do que qualquer outra pessoa no mundo.

Se não fosse por ela, não teria descoberto que o amor não passa de uma ilusão criada pelos homens.

Se não fosse por ela, não teria descoberto que as pessoas em que você mais confia podem lhe deixar de uma hora para outra.

Se não fosse por ela, não teria descoberto que não preciso procurar pela pessoa certa, pois ela não existe.

Obrigado, Vadia!

Continue livre #Running

Algumas semanas atrás, ao voltar do trabalho, passei pelo parque das árvores, aqui perto de casa. Vi muitas pessoas correndo, despretensiosas, à noite, sem GPS nem roupas “apropriadas” para correr. Simplesmente corriam.

Eu tenho pena das pessoas que vêem uma atividade como algo subordinado à ela, como se já soubessem tudo sobre isso. Corredores que intimam os outros a correrem de tal forma ou alimentar-se deste jeito. Cada pessoa tem um comportamento diferente. Cada um corre à sua maneira. Vendo-os correndo, vi a liberdade de correr simplesmente por correr, sem necessidade de relógios, acessórios, tênis ou pessoas notando-os. Permaneçam livres…