YELP me ajudando a sair de casa :)

Quem me conhece pessoalmente sabe que nunca fui um cara de viajar muito. Nem de curtir badalações, postar fotos em restaurantes, expor minha vida pessoal para desconhecidos. E vim assim por uns bons anos, sempre utilizando apps que não-demonstrassem-coisas-demais-da-vida-alheia. Mesmo tentando manter certa descrição, eu era fã da antiga versão do Foursquare, principalmente porque eu corria, e a cada ponto ou descoberta nova pela cidade, eu fazia questão de dar check-in para marcar por onde já andei. Também gostava muito das recomendações que os amigos e outras pessoas faziam por lá. Era uma rede social de cunho geográfico que funcionava bem: você pesquisava os locais, via as recomendações primeiramente dos seus amigos, lia outras recomendações de pessoas que já estiveram lá e decidia quais eram os bons lugares, parecia bom demais para ser verdade…

E era mesmo… o que aconteceu alguns anos atrás foi a divisão do aplicativo em dois apps: um para check-in, e outro para as recomendações. Lembro até hoje que quando houve essa cisão, muitos usuários ferrenhos do app ficaram furiosos, e começaram a criticar essa mudança. E para mim, tínhamos total razão: não faz sentido ter um app apenas para Check-in (que é uma parte da experiência do local) e outra para recomendações, etc. Tudo estava ali, em um único lugar.

Foi aí que percebi uma queda acentuada na utilização, pois hoje você só faz check-in e coloca fotos, se quiser ler recomendações tem que ir para o Foursquare (que eu não instalei desde que houve o spin-off). Então ficamos órfãos da feature mais poderosa do app.

Até que…

Em maio, conheci uma garota pela internet, e começamos a conversar bastante sobre redes sociais, marketing, aplicativos, estilo de vida, etc. Durante essas conversas, ela me mostrou um app que até o momento eu não tinha ouvido falar. Ela também era sociaholic, usava muitos aplicativos, inclusive Foursquare e o Swarm, assim como eu. Estávamos conversando sobre a dificuldade de ter que gerenciar dois apps para essas coisas, e tal, e daí ela me mostrou o Yelp, app que promove interações sociais através das recomendações de diversos locais e com a função de usar o tão querido check-in. Eu, que sou muito crítico à sugestões (não costumo baixar tudo que me recomendam), gostei da proposta do serviço.

Tive a oportunidade de ser levado por essa garota a um evento físico que o Yelp promove entre seus usuários, e foi a partir daí que fui convencido do diferencial dessa rede: diferentemente do Swarm, que não possui representação ou contato físico por aí, o Yelp me parece muito mais “próximo” das pessoas, fazendo com que você resenhe, publique ou interaja com os usuários da rede, esse tipo de dinâmica não ocorre no Swarm, que é praticamente focado para que você fale com quem está em sua rede de contatos.

O evento em que participei foi em pinheiros, e assim que cheguei, fui muito bem recebido pelos participantes. Parece que já me conheciam ou que partilhávamos do mesmo propósito. Todos foram muito simpáticos e o clima de alto astral dominava o ambiente. Neste evento, cada participante já ativo do Yelp poderia levar um novo usuário como “iniciante” na rede, onde tive que me cadastrar previamente na rede, e lá no evento fazer o meu primeiro Check-in. Achei muito legal o propósito de agregar mais usuários através do meio físico, algo que é pouco utilizado ainda.

Também gostei da proximidade entre os usuários do app, pude ver várias pessoas que realmente são muito ativas, e que na vida real estavam lá do meu lado comentando sobre diversos temas, vida, saúde, esporte, etc. Mesmo eu que fui sozinho (só conhecia a garota que me iniciou no Yelp), pude conversar com muitas pessoas durante o encontro, e olha que eu não sou das pessoas mais sociáveis que existem, rs. Outro ponto bacana aqui: a teoria dos seis graus de separação entre as pessoas não cola: aqui devem ser no máximo dois (Alguém que você conhece conhece a outra pessoa). A Vivian me apresentou a Fernanda, community manager do Yelp em São Paulo. Ela é a pessoa que cria a “cola social” entre as pessoas, promove as interações entre os membros, sugere alguns eventos e representa o Yelp por aqui. Achei demais!!! Quando é que você pode tomar uma cerveja e conversar com a pessoa que está promovendo os encontros de um app? Quase sempre nunca, mas com a Fernanda não tem tempo ruim, muito simpática, sempre acessível e sorridente o evento inteiro.

Esse modelo de negócio é muito benéfico para todos: Primeiramente, ele te ajuda a sair de casa, pois mesmo sem companhia você pode se programar e bater um papo pessoalmente com as pessoas que você vê pelo app. Depois, pela lógica, para todos se encontrarem é claro que você vai precisar de um local de encontro, que vai ser em algum estabelecimento comercial, e então o estabelecimento ganha com a visita de vários usuário qualificados e que promovem o local ou marca em seus posts e publicações, com recomendações e elogios (claro, se o lugar tiver algum ponto de melhoria também será descoberto pelas recomendações). Em terceiro e o mais importante pra mim: ele me ajuda a sair de casa, Ahahahahaha! Sério: depois que passei a utilizar o app, passei a sair do padrão de casa, Starbucks, trabalho, academia e casa. Parece coisa pouca, mas estar dentro de uma rede como essa, onde você vê que os usuários são ativos e sempre descobrem novos lugares, te faz pensar em também ser um explorador da cidade, ajudando a comunidade e também se ajudando a sair de uma rotina de lugares batidos e conhecidos. Posso falar por experiência própria sobre a transformação por que passei depois de começar a utilizar o app. Nas primeiras vezes que saímos eu me perguntava porque a Vivian usava tanto o app enquanto estávamos andando por aí, antes de escolher um lugar para comer. Pensava que era mais um “foursquare” da vida, e agora percebi que o ecossistema era diferente: havia algo a mais que chama a atenção dentro do serviço, que é fazer das experiências sociais algo realmente vivo. E agora, eu sou um desses “viciados” no Yelp, pesquisando antes de almoçar se existe algum lugar ali perto do trabalho com uma boa recomendação ou um novo negócio interessante. Ah, para que não fique a impressão de que o Yelp só serve para restaurantes, confirmo aqui que ele praticamente faz tudo o que o Swarm e o Foursquare têm, só que tudo em um lugar só! Lá você também tem recomendações de teatros, museus, parques, baladas, eventos, etc. Não é restrito à comida, e você pode colocar praticamente qualquer coisa lá dentro (Claro, não vá me fazer ele virar um Facebook da vida, rsrs). Só senti falta de postar minhas fotos nos eventos criados pelo Yelp (Hoje só está disponível pelo navegador web, não pelo app) e também de fazer check-in em eventos específicos (Um coisa que o Swarm tem, mas que também é meio fictícia, pois lá os ~eventos~ são criados como locais físicos, o que não é verdade). Como todo serviço, o Yelp está em evolução constante, e imagino que mais para frente ele deva providenciar essas facilidades para o usuário. Como eu disse, o que me chamou mais a atenção é a experiência social promovida por ele, e como podemos ajudar outras pessoas através das nossas visitas, recomendações e pontos de vista.

Olha, eu sou um cara que recomenda poucas coisas, pois só promovo algo quando realmente acredito que algo possa fazer a diferença na vida das pessoas. No meu caso, o Yelp está contribuindo para ajudar em meu momento de vida atual, minha evolução como cidadão ~usuário~ da cidade, de seus restaurantes, eventos e demais urbanidades. Pode ser que o Yelp te ajude a conhecer pessoas, fazer um círculo maior de amigos (que eu também adoraria) ou simplesmente descobrir aquele restaurante bacana na rua detrás da sua casa, que você nem sabia que existia. Enfim, há inúmeros benefícios em fazer parte de uma comunidade com estes propósitos, e que ao contrário do Trip Advisor, Foursquare, Swarm, GetGlue (que não existe mais), FoodSpotting, KeKanto e outros, o Yelp é mais focado na interação entre as pessoas. Por essas e outras te convido a fazer parte dessa comunidade, e quem sabe um dia podemos conversar pessoalmente em algum bar sobre como você conheceu essa rede?

Se alguém quiser ver por onde ando e o que estou fazendo, me adicionem por lá:

http://ismapsan.yelp.com.br

Claro, tb tem o Yelp no Face e o site oficial

Espero te ver em breve por aí!

 

 

Metamorfose nas ruas de NY

É realmente impressionante a mudança de algumas das principais ruas de Nova York nos últimos anos. Imagens cheias de carros deram lugar a outros onde os carros desapareceram e seu lugar foi tomado por pedestres e ciclistas. Neste vídeo feito pela StreetFilms você pode ver claramente a mudança de monumentos como a Times Square, Herald Square, a orla de Brooklyn, entre outros lugares, que foram transformados sobre a gestão de Janette Sadik-Khan Comissário de saída de Transportes de Nova York. É o fim do imperialismo do automóvel como veículo primário de transportes, uma vez que as grandes cidades já possuem uma infra-estrutura que não nos faz necessitar de grandes deslocamentos. São Paulo já está seguindo esta tendência, ampliando a rede de ciclovias, investimentos maiores nos transportes de massa e limitação da circulação de automóveis através do fechamento de faixas de rolamento e de rodízios e limitação de velocidade. Ainda temos um longo caminho a percorrer por aqui, mas em alguns anos vamos poder fazer um retrospecto assim como foi feito no vídeo acima.

 

 

Licenciamento gratuito no Google Earth Pro?

Pois é! Vi esta maravilhosa notícia no site Mundo Geo, falando sobre a estratégia do Google em disponibilizar a licença do Google Earth Pro (que custava em torno de USD 400,00 anuais) gratuitamente para as pessoas, depois de ter anunciado que vai matar a API do Google Earth para navegadores neste ano.

Não perdi tempo e já baixei pra testa r a minha licença. Funcionou 🙂

Mais info aqui

SP precisa desostentar

O post do Bruno Paes no Blog do Estadão de ontem demonstra perfeitamente a nova relação que os cidadãos passam a ter com as cidades. Aos poucos estamos deixando de ver São Paulo como vias-asfaltadas-para-chegar-mais-rápido-no-trabalho, para vê-la como uma cidade feita para pessoas.

Por anos, a fórmula ir de carro ao trabalho, trabalhar, almoçar perto, voltar ao trabalho e voltar do trabalho de carro começa a te colocar em uma bolha da vida que você só toma conta (se tomar) depois de muitos anos.

A relação de uma cidade em que o trajeto lhe abre os olhos para os problemas que vão além dos seus problemas familiares/dos vizinhos/dos amigos, impõe uma dinâmica diferente para os cidadãos: eles passam agora a cobrar por uma cidade melhor, não só para o seu círculo de relacionamentos, mas também para as pessoas que utilizam o mesmo flow que você.

Vale a pena dar uma lida .

A melhor forma de implantar ciclovias nas cidades

 Radwende - Mapa colaborativo realizado por ciclistas

Como você pode prever o melhor caminho para as ciclovias? Às vezes podem ser construídas, e seu fluxo fica aquém do planejado. São Paulo está a cada dia mais caminhando para aumentar o número de ciclovias na cidade (ciclovia = faixas dedicadas para ciclistas, enquanto ciclofaixa = faixa compartilhada [Multimodal]), e nessa implantação, como dimensionar corretamente os melhores trajetos para os ciclistas?

Simples, observando qual é o percurso mais utilizado. Mas como fazer isso se você não anda de bike, não tem pesquisa de opinião com o público ou não conhece as necessidade de cada região (tanto das pessoas que NÃO utilizam bicicletas quanto os ciclistas).

Se liguem na solução que uma cidade Alemã adotou:

A cidade de Wiesbaden foi eleita a pior cidade da Alemanha para se locomover de bicicleta, então uma agência resolver ajudar a cidade a mudar isso através de um App: o Radwende.

[ Para quem já pratica esportes já deve imaginar como foi essa ajuda. Se você não corre, continue lendo ]

Através do App, eles conseguiram mapear as necessidades dos ciclistas através do fluxo de informações do App: “Nós acreditamos em mudança, porque um monte de gente na Câmara Municipal, bem como os cidadãos,  querem que isso aconteça”, diz o fundador da agência, Michael Volkmer, que foi a força motriz por trás do projeto. “Mas é um problema da galinha e do ovo: A cidade não investe se as pessoas não utilizarem as vias, e as pessoas tem receio de utilizarem porque não é seguro. ”

Desde Maio, os ciclistas locais já alimentaram uma base de dados com 3000 percursos realizados. Desta forma tem-se os dados de quais são as rotas com maior fluxo de pessoas e, assim, pode-se mapear em quais regiões existe uma demanda maior por ciclovias.

Você pode ver um pouco do trabalho do Robô e de como o projeto foi forjado no vídeo abaixo:

A prefeitura acompanha de perto a formação dos mapas e com o tempo, pode analisar a viabilidade da implantação destas vias. Os cidadãos também ajudam a construir este mapa, atendendo aos chamados dos eventos de pedalada quando convidados, mas o mapeamento é totalmente aberto: você contribui fazendo o seu trajeto normalmente enquanto vai levar o seu filho para a escola, vai para o trabalho ou ao supermercado. Essa é a verdadeira necessidade de mapeamento do coworking realizado em Wiesbaden.

Segundo o fundador da agência, outras cidades já sinalizaram interesse em utilizar a ferramenta para buscar soluções em mobilidade. Volker explica que os governos/empresas podem criar um ambiente de gamificação para atrair novos interessados e fomentar a economia/cultura na cidade. Se você quer mais ciclovias, a prefeitura poderia fazê-las mediante uma meta em quilômetros pedalados pelos cidadãos (a cada X KM’s pedalados, 1 KM de Ciclovia seria construído) ou as Lojas podem oferecer descontos para os consumidores que vão ao estabelecimento de bike, etc.

Tá aí uma ótima iniciativa que pode pegar bem nas outras cidades. A grande questão nas metrópoles como São Paulo é que a bike ainda é tratada como um equipamento de lazer. Com o adensamento populacional e a gentrificação cada vez mais tomando conta da cidade, vai ficar cada dia mais difícil se locomover em um espaço disputado por ônibus, carros particulares, táxis e outros modais. A conscientização de que a bicicleta irá tornar-se mais uma alternativa nas grandes cidades já está começando a tomar forma, mas sem a ajuda da estrutura pública para a construção de vias decentes, torna-se cada vez lenta a mudança da mentalidade dos cidadãos.

Mais informações no site do App: https://www.radwende.de/en/

Largo da Batata, em Pinheiros, ganhará bicicletário público gratuito neste sábado (02/08)

bicicletário largo da batata

Equipamento integra ciclovia da Faria Lima com Linha-3 Amarela do Metrô. Inauguração terá música, filmes, oficinas e atividades ligadas ao mundo da bike.

A Prefeitura de São Paulo entrega neste sábado à população um bicicletário que funcionará 24 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, do lado da estação Faria Lima da Linha-4 Amarela do Metrô. A construção do equipamento atende a uma antiga demanda da sociedade e se configura como uma das primeiras ações de ocupação do Largo da Batata, resultado de um dialogo aberto com moradores, trabalhadores, usuários e ativistas da região.

O projeto foi elaborado e construído pela Prefeitura, com participação ativa de cicloativistas e representa grande avanço para uma melhor mobilidade na região, já que estimula o transporte intermodal (bicicleta – transporte público coletivo). A gestão do bicicletário será do Itaú, que através do termo de cooperação firmado com o município vai fazer a manutenção e conservação do espaço durante 36 meses, inicialmente.

Ao todo, serão 100 vagas gratuitas para que as pessoas possam deixar suas próprias bicicletas, e não as compartilhadas. Quem tiver interesse em usar o espaço, deve efetuar um cadastro pessoal e da bicicleta no próprio local. 

Festival Bike na Batata
Onde? Largo da Batata (encontro das Avenidas Teodoro Sampaio e Faria Lima)
02/08 – Sábado
As ações começam às 14h30 com um delicioso café de boas-vindas, Copa de Bike Polo, Tatuagem nas bicicletas (desenhos feitos à mão pelo artista Marcelo Siqueira), cobertura fotográfica do Instabike, oficina mecânica Mão na Roda, manobras de Bike Trial, projeções de curtas-metragens sobre ocupação de espaço público, oficinas com reaproveitamento de materiais e show da banda FORRÓ JAZZ que vai colocar todo mundo para dançar em pleno Largo da Batata. O evento acontece em uma parceria entre a Prefeitura, o Aromeiazero e o Banco Itaú. Toda programação é gratuita e aberta ao público.

03/08 – Domingo
O Festival continua a partir das 11h com a Escola Bike Anjo (EBA) para ensinar adultos e crianças a pedalar, Rodas de Leitura, mais jogos de Bike Pólo, Mão na Roda, Tatuagens nas Bikes, Bike Trial e, para encerrar, muita música brasileira com a banda Projeto da Mata.

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/739330062792518/

A cidade dos rios invisíveis [Entre Rios]

Recebi do meu sobrinho Daniel na semana passada um vídeo excelente, que vai ao encontro do que eu li na revista Pesquisa Fapesp nº214 sobre os rios de São Paulo. É triste, mas a constatação de ambos materiais elucidam o custo que a cidade está pagando pelo crescimento no século passado às custas dos interesses mercantilistas e de um pequeno grupo visionário do modelo de vida baseado no transporte rodoviário. Tive a oportunidade de assistir o documentário hoje, e nada melhor como o verão brasileiro para constatar que a natureza apenas segue o seu caminho, pois mais que o homem tente alterá-lo.

São Paulo afogou os rios. Assim começa a matéria na revista da Pesquisa Fapesp. Os rios apenas respondem ao modo pelo qual foram moldados ao longo de décadas – “do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento, mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem”, diria o dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Programas de despoluição e requalificação do rio e suas margens contam com a participação dos municípios da Grande São Paulo, empresas,ONG’s e preveem a construção de ciclovias, calcadões e parques ao longo dos 50 quilômetros de marginais e a navegação dos rios.

O mapa de 1868 registra o salto de Itapura

Para você notar como os fatos são contados conforme o interesse que lhe convém: as duas imagens representam o noroeste paulista. A primeira imagem faz menção à região como “terrenos ocupados pelos indígenas feroses” no Atlas do Império do Brasil. Já na segunda imagem, no mapa da Sociedade Promotora de Imigração de São Paulo, é retratado como “terrenos despovoados”.

O mapa de registra o noroeste de São Paulo

Segundo as duas reportagens, houve um momento em que tudo poderia mudar: se as propostas do engenheiro sanitarista Saturnino de Brito (que formulou os canais de Santos), de 1926, fossem aceitas. Segundo ele, planejava-se o alinhamento dos principais rios de modo a conciliar seus diferentes usos: transporte, lazer, pesca, abastecimento de água, controle de enchentes e produção de energia elétrica. Infelizmente os interesses econômicos, a especulação imobiliária e um tal de Prestes Maia.

Os rios apenas respondem às cidades o mesmo nível de pressão pelo qual são submetidos quando canalizados. A enchente é produto da urbanização, como aponta brilhantemente a Profª Odete Seabra. O Profº Alexandre Delijaicov também resume muito bem o interesse na época em que o curso dos rios foram alterados e a canalização realizada. O vídeo é um ótimo trabalho de conclusão de curso de alunos do Senac, de 2009 (estamos em 2014 nesse post, mas nada mudou), da turma do bacharelado em audiovisual. Mesmo que você não se interesse por planejamento urbano, geografia ou impacto ambiental, este documentário vale muito a pena para conhecer um pouco mais a formação da nossa cidade.

Quanto à matéria da revista Fapesp, seguem as referências dos projetos elaborados e o conteúdo da reportagem:

Projeto
Implementação da tecnologia de sistemas de informações geográficos (SIG) em investigações históricas (13/05444-4). Modalidade Auxílio Regular a Projeto de Pesquisa; Coordenador Luis Antonio Coelho Ferla – Unifesp; Investimento R$  51.907,60.

Artigos científicos
JORGE, Janes. Rios e saúde na cidade de São Paulo, 1890-1940História e Perspectivas. v. 25, n. 47, p. 103-24. 2012.
JORGE, Janes. São Paulo das enchentes, 1890-1940Histórica. n. 47, p. 103-24. 2012.
KANTOR, Iris. Mapas em trânsito: projeções cartográficas e processo de emancipação política do Brasil (1779-1822)Araucaria. v. 12, n. 24, p. 110-23. 2010.
CUNHA, D.G.F. et alResolução Conama 357/2005: análise espacial e temporal de não conformidades em rios e reservatórios do estado de São Paulo de acordo com seus enquadramentos (2005–2009)Engenharia Sanitária e Ambiental. v. 18, n. 2, p. 159-68. 2013.
MARTINELLI, L.A. et alLevantamento das cargas orgânicas lançadas nos rios do estado de São PauloBiota Neotropica. v. 2, n.2, p. 1-18. 2002.

Referências:

http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/12/18/entre-paredes-de-concreto/

Documentário – “ENTRE RIOS” – a urbanização de São Paulo

+37 km de ciclovias em São Paulo entre os centros comerciais

Placa Bike Ciclovia

Sampa deve ter mais 37 km de ciclovias no eixo oeste-sul. O anúncio feito pelo prefeito Fernando Haddad ocorreu durante a visita às obras da Operação Faria Lima e a divulgação do programa que visa à complementação e integração urbana dos sistemas viários existentes.
A faixa para bicicletas sairá do Largo da Batata até a Ponte João Dias, integrando os centros comerciais das avenidas Faria Lima, Luis Carlos Berrini, Chucri Zaidan e Água Espraiada. Dentro de 1 ano e meio as obras da ciclovia no trecho entre as avenidas Luis Carlos Berrini e Água Espraiada tem previsão de serem finalizadas. O novo trecho, compreendido entre o Largo da Batata e a Avenida Faria Lima, acabou de receber licença ambiental.
“Estaremos dando uma alternativa segura para o ciclista que hoje corre risco. Além da ciclovia da Marginal Pinheiros, paralela à linha da CPTM, teremos uma outra pelo meio da cidade. Serão duas opções, as duas muito prazerosas. Mas, na minha opinião, para quem usa a bicicleta para ir ao trabalho e não como lazer, (esta) aqui vai ser até mais importante como modal de transporte interligado”, disse Haddad.

Na França, funcionários são incentivados a ir ao trabalho de bike

Paris tem mais de 372 quilômetros de ciclovias. Na capital francesa, a bicicleta é um meio de transporte tão usado quanto o metrô e os ônibus.

Uma série de medidas para incentivar a população a usar bikes em vez de veículos motorizados foram anunciadas pelo governo francês. A principal mudança será feita pelas empresas. Elas pagarão pelo gasto no transporte de seus funcionários e, em troca, terão incentivos fiscais. O que é certo até agora é que cada empregado que aderir a medida ganhará 21 centavos de euros por quilômetro percorrido.

A iniciativa partiu do ministro dos Transportes, Thierry Mariani, que apresentada em Paris, foi resultado de um estudo encomendado ao deputado e prefeito do 15º distrito de Paris, Philippe Goujon. Na França, o percurso médio é de cinco quilômetros.

Mariani indicou que outras medidas serão analisadas, permitir que os ciclistas avancem o sinal vermelho quando, marcar as bicicletas para evitar roubos e construir mais ciclovias.

A idéia vai na contramão do nosso Brasil, onde mensalmente os números de emplacamento feito pelos Detrans espalhados pelo país são vistos como “medida da produção industrial”. Países que já passaram pela industrialização e estão adequando a realidade da pós-industrialização estão procurando meios de melhorar a vida de sua população.

Vi enquanto minha mãe assistia o Jornal da Band (Link para o vídeo da matéria logo abaixo)

http://www.band.uol.com.br/videos_embed.asp?id=14820224&w=620&h=380

Wi-fi gratuito em pontos de ônibus de Sampa (Por dois meses)

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Na região do centro novo de Sampa, alguns pontos de ônibus nas regiões da Berrini, Itaim e Ibirapuera terão wi-fi gratuito para a população enquanto estiverem esperando o seu transporte.

A agência DM9DDB vai realizar uma ação oferecendo internet gratuita em pontos de ônibus de São Paulo nas regiões da Berrini, Itaim e Ibirapuera. Os pontos de ônibus escolhidos para receber o wi-fi gratuito, vão ter sinalização com peças publicitárias da agência.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Otima Concessionária de Exploração de Mobiliário Urbano, e patrocinada pela Mozilla em parceria com a operadora Vivo.

A ação marca o lançamento do novo sistema operacional mobile Firefox OS, que é exclusivo da operadora Vivo. A operadora já comercializa alguns dispositivos com esse Os nas Lojas, alguns deles com o hardware fabricado pela LG.

Acho que o mais legal seria disponibilizar o acesso no próprio ônibus, pois os usuários aguardam a condução e perdem o acesso. Já dentro do transporte o usuário consegue passar melhor o tempo navegando enquanto vai pra casa. A Lux já me avisou que aqui por Interlagos tem uma linha que já faz isso. Quem sabe a iniciativa não se espalha pela cidade toda?

Soube disso enquanto navegava no Papo universitário