YELP me ajudando a sair de casa :)

Quem me conhece pessoalmente sabe que nunca fui um cara de viajar muito. Nem de curtir badalações, postar fotos em restaurantes, expor minha vida pessoal para desconhecidos. E vim assim por uns bons anos, sempre utilizando apps que não-demonstrassem-coisas-demais-da-vida-alheia. Mesmo tentando manter certa descrição, eu era fã da antiga versão do Foursquare, principalmente porque eu corria, e a cada ponto ou descoberta nova pela cidade, eu fazia questão de dar check-in para marcar por onde já andei. Também gostava muito das recomendações que os amigos e outras pessoas faziam por lá. Era uma rede social de cunho geográfico que funcionava bem: você pesquisava os locais, via as recomendações primeiramente dos seus amigos, lia outras recomendações de pessoas que já estiveram lá e decidia quais eram os bons lugares, parecia bom demais para ser verdade…

E era mesmo… o que aconteceu alguns anos atrás foi a divisão do aplicativo em dois apps: um para check-in, e outro para as recomendações. Lembro até hoje que quando houve essa cisão, muitos usuários ferrenhos do app ficaram furiosos, e começaram a criticar essa mudança. E para mim, tínhamos total razão: não faz sentido ter um app apenas para Check-in (que é uma parte da experiência do local) e outra para recomendações, etc. Tudo estava ali, em um único lugar.

Foi aí que percebi uma queda acentuada na utilização, pois hoje você só faz check-in e coloca fotos, se quiser ler recomendações tem que ir para o Foursquare (que eu não instalei desde que houve o spin-off). Então ficamos órfãos da feature mais poderosa do app.

Até que…

Em maio, conheci uma garota pela internet, e começamos a conversar bastante sobre redes sociais, marketing, aplicativos, estilo de vida, etc. Durante essas conversas, ela me mostrou um app que até o momento eu não tinha ouvido falar. Ela também era sociaholic, usava muitos aplicativos, inclusive Foursquare e o Swarm, assim como eu. Estávamos conversando sobre a dificuldade de ter que gerenciar dois apps para essas coisas, e tal, e daí ela me mostrou o Yelp, app que promove interações sociais através das recomendações de diversos locais e com a função de usar o tão querido check-in. Eu, que sou muito crítico à sugestões (não costumo baixar tudo que me recomendam), gostei da proposta do serviço.

Tive a oportunidade de ser levado por essa garota a um evento físico que o Yelp promove entre seus usuários, e foi a partir daí que fui convencido do diferencial dessa rede: diferentemente do Swarm, que não possui representação ou contato físico por aí, o Yelp me parece muito mais “próximo” das pessoas, fazendo com que você resenhe, publique ou interaja com os usuários da rede, esse tipo de dinâmica não ocorre no Swarm, que é praticamente focado para que você fale com quem está em sua rede de contatos.

O evento em que participei foi em pinheiros, e assim que cheguei, fui muito bem recebido pelos participantes. Parece que já me conheciam ou que partilhávamos do mesmo propósito. Todos foram muito simpáticos e o clima de alto astral dominava o ambiente. Neste evento, cada participante já ativo do Yelp poderia levar um novo usuário como “iniciante” na rede, onde tive que me cadastrar previamente na rede, e lá no evento fazer o meu primeiro Check-in. Achei muito legal o propósito de agregar mais usuários através do meio físico, algo que é pouco utilizado ainda.

Também gostei da proximidade entre os usuários do app, pude ver várias pessoas que realmente são muito ativas, e que na vida real estavam lá do meu lado comentando sobre diversos temas, vida, saúde, esporte, etc. Mesmo eu que fui sozinho (só conhecia a garota que me iniciou no Yelp), pude conversar com muitas pessoas durante o encontro, e olha que eu não sou das pessoas mais sociáveis que existem, rs. Outro ponto bacana aqui: a teoria dos seis graus de separação entre as pessoas não cola: aqui devem ser no máximo dois (Alguém que você conhece conhece a outra pessoa). A Vivian me apresentou a Fernanda, community manager do Yelp em São Paulo. Ela é a pessoa que cria a “cola social” entre as pessoas, promove as interações entre os membros, sugere alguns eventos e representa o Yelp por aqui. Achei demais!!! Quando é que você pode tomar uma cerveja e conversar com a pessoa que está promovendo os encontros de um app? Quase sempre nunca, mas com a Fernanda não tem tempo ruim, muito simpática, sempre acessível e sorridente o evento inteiro.

Esse modelo de negócio é muito benéfico para todos: Primeiramente, ele te ajuda a sair de casa, pois mesmo sem companhia você pode se programar e bater um papo pessoalmente com as pessoas que você vê pelo app. Depois, pela lógica, para todos se encontrarem é claro que você vai precisar de um local de encontro, que vai ser em algum estabelecimento comercial, e então o estabelecimento ganha com a visita de vários usuário qualificados e que promovem o local ou marca em seus posts e publicações, com recomendações e elogios (claro, se o lugar tiver algum ponto de melhoria também será descoberto pelas recomendações). Em terceiro e o mais importante pra mim: ele me ajuda a sair de casa, Ahahahahaha! Sério: depois que passei a utilizar o app, passei a sair do padrão de casa, Starbucks, trabalho, academia e casa. Parece coisa pouca, mas estar dentro de uma rede como essa, onde você vê que os usuários são ativos e sempre descobrem novos lugares, te faz pensar em também ser um explorador da cidade, ajudando a comunidade e também se ajudando a sair de uma rotina de lugares batidos e conhecidos. Posso falar por experiência própria sobre a transformação por que passei depois de começar a utilizar o app. Nas primeiras vezes que saímos eu me perguntava porque a Vivian usava tanto o app enquanto estávamos andando por aí, antes de escolher um lugar para comer. Pensava que era mais um “foursquare” da vida, e agora percebi que o ecossistema era diferente: havia algo a mais que chama a atenção dentro do serviço, que é fazer das experiências sociais algo realmente vivo. E agora, eu sou um desses “viciados” no Yelp, pesquisando antes de almoçar se existe algum lugar ali perto do trabalho com uma boa recomendação ou um novo negócio interessante. Ah, para que não fique a impressão de que o Yelp só serve para restaurantes, confirmo aqui que ele praticamente faz tudo o que o Swarm e o Foursquare têm, só que tudo em um lugar só! Lá você também tem recomendações de teatros, museus, parques, baladas, eventos, etc. Não é restrito à comida, e você pode colocar praticamente qualquer coisa lá dentro (Claro, não vá me fazer ele virar um Facebook da vida, rsrs). Só senti falta de postar minhas fotos nos eventos criados pelo Yelp (Hoje só está disponível pelo navegador web, não pelo app) e também de fazer check-in em eventos específicos (Um coisa que o Swarm tem, mas que também é meio fictícia, pois lá os ~eventos~ são criados como locais físicos, o que não é verdade). Como todo serviço, o Yelp está em evolução constante, e imagino que mais para frente ele deva providenciar essas facilidades para o usuário. Como eu disse, o que me chamou mais a atenção é a experiência social promovida por ele, e como podemos ajudar outras pessoas através das nossas visitas, recomendações e pontos de vista.

Olha, eu sou um cara que recomenda poucas coisas, pois só promovo algo quando realmente acredito que algo possa fazer a diferença na vida das pessoas. No meu caso, o Yelp está contribuindo para ajudar em meu momento de vida atual, minha evolução como cidadão ~usuário~ da cidade, de seus restaurantes, eventos e demais urbanidades. Pode ser que o Yelp te ajude a conhecer pessoas, fazer um círculo maior de amigos (que eu também adoraria) ou simplesmente descobrir aquele restaurante bacana na rua detrás da sua casa, que você nem sabia que existia. Enfim, há inúmeros benefícios em fazer parte de uma comunidade com estes propósitos, e que ao contrário do Trip Advisor, Foursquare, Swarm, GetGlue (que não existe mais), FoodSpotting, KeKanto e outros, o Yelp é mais focado na interação entre as pessoas. Por essas e outras te convido a fazer parte dessa comunidade, e quem sabe um dia podemos conversar pessoalmente em algum bar sobre como você conheceu essa rede?

Se alguém quiser ver por onde ando e o que estou fazendo, me adicionem por lá:

http://ismapsan.yelp.com.br

Claro, tb tem o Yelp no Face e o site oficial

Espero te ver em breve por aí!

 

 

A vida solitária

Após a formação, uma pausa nas corridas e consumo de filmes europeus e cervejas alemãs, começou o processo de lonelyzação. Altas doses de trabalho para passar o tempo, a dedicação até altas horas para complementar o tempo que outrora era dedicado à faculdade. Junte isso a pilhas e pilhas de livros sobre comportamento, economia, neurociência e tecnologia. Pronto: o passatempo está montado. 

Os melhores amigos só te chamam agora quando vão casar ou quando a chegada do filho está próxima. As opções de companhia são reduzidas, ainda existem, mas são parcas.
Passeios de bike, long ou corridas pela cidade se tornam mais constantes ao passo que você não dispõe de muitas opções de lazer, embora elas existam mas você inconscientemente as nega.
Com o tempo, a pesquisa e estudo passam a se tornar um passatempo mais frequente: não é necessário sair de casa, tampouco ter que se aventurar pelo mundo é ser mal recebido quando você aparece.
E de repente, você começa a se tornar hipocondríaco, achando que tem todas as doenças do mundo. Se você sente o sangue circulando do pescoço até a nuca, começa a imaginar que algo está errado.
Nessas horas eu começo a perceber que tenho que sair de qualquer forma, mesmo que as amizades que combinam que vão sair com você cancelam o almoço de última hora. Neste dia, o que importa é efetivamente não ficar em casa.
A ida a casa dos parentes não são tão agradáveis, não pelos parentes, mas pelo costume de não estar no mesmo lugar de conforto.
Não seguir a norma tem seu preço: não casar cedo, não gostar da música popular, estudar e escolher demais a mulher da sua vida tem dessas.
Aproximar-se das pessoas nos últimos anos tem sido uma tarefa complicada, ainda mais quando não se tem vontade de conhecê-las. Exercitar a difícil tarefa de convívio em sociedade quando se deixa de tê-las por um período é bastante complicado. É como perder peso depois dos 30. Não é impossível, mas requer dedicação e tempo, duas coisas que achamos que nunca temos.
Enfim, voltar a socializar é uma tarefa complicada para quem se acostuma demais a viver a vida por si só. Quem está de fora não tem ideia da dificuldade que é conversar com um estranho ou tentar se enturmar em um grupo novo.
Seguimos tentando 

Por que você corre?

Lembranças de uma grande amiga - Cabe ao tempo dizer o que é melhor

Bem, correr hoje não estava em meus planos. Nos últimos meses tenho andado muito ocupado, fazendo pesquisa pela faculdade, e isto me toma um tempo imenso. Neste último feriado, nem pude correr ou nadar de bike, pois fiquei "internado" fazendo o andamento da pesquisa, juntamente com suas citações, bibliografias e resultados preliminares. Estava angustiado, e foi quando me aconteceu uma coisa ontem à noite…

Leia mais »

Samsung Hope Relay 10K – Corra com os amigos!

Largada da prova na Libero Badaró

Mais uma prova este ano: a Samsung Hope Relay 10K. Bem, eu não estava na minha melhor semana, tanto que a foto que o Eduardo tirou de mim mostra realmente como eu estava depois do incidente da ciclovia na última quinta feira

Ismael Paulo Santos e Eduardo Acacio na corrida Samsung Hope Relay 10K



Bem, mas eu já estava inscrito! Missão dada é missão cumprida! Não dá pra voltar atrás, hehe. Então fui com o Felipe, que está voltando aos treinos, para fazer os 10K´s mais tranquilos da minha vida (Pelo menos no ritmo).
Bem, tenho uma grande amiga que está fazendo os 10 na casa de 1:18:00,1:20:00 então aproveitei para acompanhar ela já que eu estava com três pontos no queixo e uma mão parcialmente esfolada =P
Mas o que eu notei desta prova (Que foi bem diferente da SAMSUNG 10K – Troféu Zumbi dos Palmares) é que ela não foi muito divulgada. Acabei sendo convidado de última hora e topei participar, mas até a semana que antecedia a corrida, nenhum dos meus amigos haviam comentado que iria realizá-la. No fim das contas, encontrei muita gente que eu conheço, e também tive o prazer de conhecer pessoalmente o Eduardo Acacio, do Blog  Por que eu Corro. Depois de quase três anos que nós conversávamos sobre corrida de rua, sobre os posts e as mais variadas aventuras em todos os tipos de prova, acabamos nos encontrando nessa. Foi um prazer encontrá-lo meu camarada! Vamos esquentar os posts novamente!!!
Eu comecei a prova lá atrás! Não tinha intenção de fazer tempo e aproveitei para acompanhar a Clau, que já está viciando nas corridas de 10K. Então fomos conversando durante todo o trajeto e vendo as belas imagens de um centro de São Paulo no Domingo às 8 da manhã. Muitas ruas interditadas e passagens pelos pontos históricos do centro velho (Viaduto Santa Efigênia, Avenida São João, Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Bento, Páteo do Colégio, Praça de Sé e Adjacências). Já estou pensando em fazer uns alonerunning pela região aos domingos, esse projeto é antigo, e agora com essas corridas no centro estou com mais vontade ainda.

Páteo do Colégio
 Clau e o Páteo do Colégio
No viaduto do Chá

É, ainda doía um pouco, rs

Clau explicando o porquê das minhas ataduras =P

Eu posando pra foto
Essa foi uma corrida muito bacana porque fui para participar, não estava com intenção de baixar tempo nem de chegar entre os 100+ ou outro tipo de desafio: Ainda conheci muita gente e fizemos uma foto da galera que estava presente na prova:
Galera reunida na Prova Samsung Hope Relay 10K
Felipe, Isma, Adriana, Claudia, Amanda e Luciano marcando presença nesse domingo de inverno
Afinal de contas, todo dia é um bom dia quando você corre! Ainda mais com os amigos!
Agora é semana de recuperação pois domingo tem prova de novo no centro! 1ª Corrida de Caminhada Nipo Brasileira! Banzai!

Um novo amor

A vida é sempre cheia de surpresas. Nunca sabemos quando algo pode dar certo, ou dar errado. Assim é a vida. Não o controle sobre o que pode acontecer. Resta a nós controlarmos o presente, pois o passado se foi e o futuro ainda está por vir.

Desde criança eu já praticava esportes, não com a mesma tenacidade que na vida adulta, mas não era uma criança sedentária. Sempre procurava fazer atividades ao ar livre, pois na minha época, isso era muito normal. Cresci sem telefones celulares, alguns vídeo-games (o Nitendinho e o Master System no primeiro momento, e depois o Super Nes e o Mega Drive) mas nada que nos limitasse a ir para rua e passar bons momentos em atividades recreativas.
Então, veio o início da idade adulta: Aquele mundo do corporativismo e trabalho duro e o estereótipo do sucesso contemporâneo: trabalhe muito, conquiste seus objetivos e cresça para o mundo. Trabalho e mais trabalho, faculdade, amores, e o esporte acabou ficando em segundo plano. Me lembro bem dessa época, mas naquele momento parecia tão natural deixar de fazer as coisas que eu nem me dei conta do hiato que estava se formando.
Eu tinha uma paixão, acho que desde os meus 12 anos. Foi quando ganhei minha primeira bike. Lembro até hoje quando meu pai trouxe pra mim uma Caloi Cross, daquelas com “almofadinhas” na barra e placa no guidão e tudo mais. Era uma bike muito bacana para a época. Você podia correr em qualquer lugar, e ela aguentava o tranco. Pistas que nós fazíamos em terrenos abandonados, no asfalto, na terra, em qualquer lugar. A manutenção era feita pela pessoa que vos escreve. Não precisávamos de oficina para bikes. Tudo era feito no quintal de casa ou na rua. Troca de freios, pneus, rodas, ajustes e tudo mais. E olha que tínhamos 12,14 anos!
Confesso que era meio louco nesse tempo, fazia tudo o que podia com ela: Empinar, derrapar, descer belas e grandes ladeiras e o restante das outras loucuras em manobras, como andar sem as mãos, “surfar” na bike, e correr somente com o o pneu da frente. Este é um dos motivos pelo qual nunca comprei uma moto: Minha mãe sempre tinha medo das minhas loucuras com bikes, e achava que eu faria o mesmo se pegasse uma moto.
Talvez crianças entre 12 e 16 anos nem imaginem fazer isso, mas na minha época estes eram alguns dos requisitos para sermos chamados de “Loucos”.
Um pouco depois também comecei a praticar Skateboarding, ou o SK8, para quem é do movimento. Também é um esporte muito bom, sempre gostei de esportes radicais, mas os lugares para se andar acabavam se tornando muito longínquos (para quem morasse em Interlagos) e aos poucos foi cessando a minha motivação para o skate.

Quando estava no ensino médio, passei a usar uma bike compatível com o meu tamanho (afinal, estava crescendo, né?). Foi então que encarei uma aro 26 que minha mãe havia ganho em um bingo como meio de transporte para o curso de inglês que eu estava fazendo. Isso durou 6 meses, visto que durante o curso tive um amor platônico com uma garota chamada Elaine, e depois que tudo acabou, não pude continuar o curso por conta do trabalho que havia arranjado.
Entre 2000 e  o final do ano de 2010, praticamente não realizava nenhum exercício físico além da corrida (que comecei em 2008). Foi através de uma grande amiga que o meu amor voltou a tomar forma.
Então, pelos idos de 2010, eu voltei a encarar uma bike pelas ruas de SP. Ainda um pouco desajeitado, pois não praticava há anos, mas como dizem: Você nunca se esquece como é andar de bike. Uma vez aprendida a lição, você só precisa praticar. E foi assim que aos poucos voltei a entrar nas vias com duas rodas.

2010 – Ciclovia Rio Pinheiros

Inicialmente fazíamos o perímetro mais próximo de casa, e com o tempo os passeios foram tornando-se “pedais”, passeios um pouco mais longos, mas não tão próximos como os passeios para os iniciantes. Mas a minha paixão era latente: Corrida desde 2008 era o q me fazia levantar às 5:00AM em um domingo para correr 5,10 ou 20K.
Agora, depois de quatro anos na ativa como corredor de rua, comecei a procurar novas formas de me manter em movimento. Foi aí que voltei para o meu primeiro amor: a Bike. Mas perae: não foi tão simples assim. Foi um processo de reinserção depois de uns 10 meses que me fizeram voltar a realmente praticar o ciclismo com vontade.
Antes de tudo, minha grande amiga foi o pontapé inicial que me fez voltar a andar de bike. Começamos a traçar rotas e caminhos por vários lugares: Ciclovia, Ciclofaixa, Avenida Paulista, Brooklin, Centro, Vila Olímpia, Santo Amaro e muito mais. Quando vimos já estávamos começando a fazer treinos frequentes de Duatlon, com o Marcos, que tem um background muito forte de bike e nos impulsionou para treinarmos cada vez mais. Começamos a utilizar a ciclovia e ciclofaixa aos domingos, para os treinos de bike, com parada no Parque do Ibirapuera para realizar a transição e praticarmos a corrida em sequência. Tudo no melhor horário possível: A partir das 6, 6:30 da manhã.

Parque do Ibirapuera: 6:40AM em um Domingo: Você está fazendo isso CERTO!

Como estes treinos passei a ter mais contato e notar as diferenças entre os treinos de corrida de rua e os treinos de bike. Por mais que os treinos de corrida sejam democráticos, permitindo que qualquer pessoa em boas condições físicas possa praticar, ainda existe o fator fisiológico, que é limitador para qualquer praticante desta atividade. O que isso significa? Significa que eu não posso chamar o meu vizinho para treinar uma corridinha de 20K com ele, pois nem todos possuem o condicionamento para isso. Corrida de rua é treino, condicionamento,disciplina e equilíbrio psicológico. Para alguns, um treino de 20K pode ser bem exaustivo.
Com a bike, existe a possibilidade de você percorrer maiores distâncias com um esforço bem mais moderado. Embora você precise do equipamento (a bike, óbvio), esse meio é bem democrático, permitindo que jovens, idosos, crianças e adultos possam realizar grande parte das atividades juntos.
Portanto, é mais fácil chamar os amigos para dar uma pedalada pela cidade do que fazer um treino de meia maratona =P
Então, do início do ano pra cá passei a comparecer nas vias e faixas dedicadas a esse meio de transporte nos fins de semana, intervalando com as corridas e treinos na USP (A meca dos corredores de rua).


Idéia #fixa


Pois bem, todo reencontro é cheio de histórias, novidades e novos olhares. E não é que passei a olhar a magrela com outros olhos também?
Eu peguei a mountain bike da Flávia, que está trabalhando fora do Brasil e não pode mais andar, então achou melhor vender pra mim, já que eu “alugava” o equipamento por boa parte do ano.
De mountain bike, você tem a vantagem de poder treinar em qualquer lugar, por pior que seja o piso ou pavimento onde você esteja. Mas acabava ficando difícil para acompanhar o Marcos com sua speed e andar um pouco mais rápido nos fins de semana. Foi quando eu presenciei, em um sábado na estação de metro pinheiros, um cara com uma bike extremamente fina. Mas não foi isso que me chamou a atenção (Além das cores gritantes dela), e sim dessa bike possuir somente uma marcha. Isso mesmo, não haviam outras catracas, facilidades ou complicadores. Nada de cabos de freio, passadores ou outro tipo de intervenção: Somente o quadro, os pneus, e só.

Registro da primeira #fixie em SP



De uns anos pra cá, passei a ter um comportamento muito mais objetivo com tudo, passando também a admirar o minimalismo e adotar práticas simples e diretas. Talvez isso me fez olhar para aquela bike e pensar: “É isso cara! Simple & Clean!”
Acabei nem perguntando pra ele o que era aquilo, mas como sempre, tirei uma foto e fui pesquisar sobre isso.
Foi quando me deparei com um mundo que eu não sabia que existia. O mundo das fixas.
Fixed Gears, Fixie, Fixa, Single Speed, whatever! Se você procurar sobre qualquer um desses termos vai encontrar a mesma coisa: Gente afim de simplificar a vida, e viver livre de amarras.
Comecei a entrar cada vez mais nesse mundo, e continuava a fazer meus pedais brutais aos domingos pela ciclovia, acompanhando da minha Mountain Bike (ou MTB, para os fortes, hehe).
Foi quando, coincidentemente, neste dia em que eu fiz 100K, encontrei com um ciclista com uma fixa exatamente igual a da foto que eu havia tirado no trem, e perguntei onde eu poderia comprar uma igual. Foi quando ele mencionou a tre3e, uma empresa que fabrica essas bikes fixas e e customiza conforme a sua necessidade. Entrei em contato logo na segunda feira com o Flávio, que é o proprietário da empresa para orçar uma como a da foto abaixo:

Uma dica: Se você quiser montar a sua própria bike, também pode acessar o FixieStudio.com e montar a sua



Após receber o orçamento, a criação da minha magrela foi iniciada. Realmente eu estava entrando no mundo das bikes fixas. Se você leitor tiver a oportunidade, experimente andar um dia em uma bike dessas. Você vai entender o sentido da frase: “Reaprendendo a andar”.
Ah, e o resultado foi bem próximo do que eu realmente havia pedido:

Bem, e desde uns 20 dias até agora estou reaprendendo a andar de bike, e continuo percorrendo a cidade na corrida de rua.
Já fiz o meu primeiro passeio ciclístico de bike fixa na companhia da Débora e do Danilo (que já eram bikers antes da minha volta às ruas) que aconteceu neste último domingo no centro de São Paulo. Foi na Eco Bike 2012, e pela nossa animação, muitos estão por vir. O próximo inclusive já tem data marcada: 30/09/2012 – Circuito Pedalar Caloi
Para quem deseja entender mais um pouco como é o mundo das bikes fixas, recomendo assistir antes os dois vídeos abaixo para entenderem um pouco o significado de andar com este tipo de bike:

Macaframa San Fransisco
É uma galera que costuma criar vídeos muito legais sobre a cultura fixie na califórnia, como é o dia a dia de quem anda por São Francisco e suas vias

Mash SF
Um “passeio” com Lance Armstrong pela cidade. Just for fun =)

E claro, alguns sites brazucas sobre esse tipo de bike:
http://www.tagandjuice.com.br/
http://www.tre3e.com/
http://fixedbr.wordpress.com/
http://fixasampa.wordpress.com/

E gringos:
http://mashsf.com/
http://macaframa.com/
http://blackfixie.tw/bft/

Bem, há muito mais pra ser dito sobre bikes. E com certeza será dito, pois a cada dia essa modalidade de lazer e esporte atrai mais adeptos. Ao longo desse ano vamos dividir experiências de corrida de rua e ciclismo, e espero que todos reunidos possamos incentivar outras pessoas a levar uma vida melhor e mais saudável.