Samsung Hope Relay 10K – Corra com os amigos!

Largada da prova na Libero Badaró

Mais uma prova este ano: a Samsung Hope Relay 10K. Bem, eu não estava na minha melhor semana, tanto que a foto que o Eduardo tirou de mim mostra realmente como eu estava depois do incidente da ciclovia na última quinta feira

Ismael Paulo Santos e Eduardo Acacio na corrida Samsung Hope Relay 10K



Bem, mas eu já estava inscrito! Missão dada é missão cumprida! Não dá pra voltar atrás, hehe. Então fui com o Felipe, que está voltando aos treinos, para fazer os 10K´s mais tranquilos da minha vida (Pelo menos no ritmo).
Bem, tenho uma grande amiga que está fazendo os 10 na casa de 1:18:00,1:20:00 então aproveitei para acompanhar ela já que eu estava com três pontos no queixo e uma mão parcialmente esfolada =P
Mas o que eu notei desta prova (Que foi bem diferente da SAMSUNG 10K – Troféu Zumbi dos Palmares) é que ela não foi muito divulgada. Acabei sendo convidado de última hora e topei participar, mas até a semana que antecedia a corrida, nenhum dos meus amigos haviam comentado que iria realizá-la. No fim das contas, encontrei muita gente que eu conheço, e também tive o prazer de conhecer pessoalmente o Eduardo Acacio, do Blog  Por que eu Corro. Depois de quase três anos que nós conversávamos sobre corrida de rua, sobre os posts e as mais variadas aventuras em todos os tipos de prova, acabamos nos encontrando nessa. Foi um prazer encontrá-lo meu camarada! Vamos esquentar os posts novamente!!!
Eu comecei a prova lá atrás! Não tinha intenção de fazer tempo e aproveitei para acompanhar a Clau, que já está viciando nas corridas de 10K. Então fomos conversando durante todo o trajeto e vendo as belas imagens de um centro de São Paulo no Domingo às 8 da manhã. Muitas ruas interditadas e passagens pelos pontos históricos do centro velho (Viaduto Santa Efigênia, Avenida São João, Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Bento, Páteo do Colégio, Praça de Sé e Adjacências). Já estou pensando em fazer uns alonerunning pela região aos domingos, esse projeto é antigo, e agora com essas corridas no centro estou com mais vontade ainda.

Páteo do Colégio
 Clau e o Páteo do Colégio
No viaduto do Chá

É, ainda doía um pouco, rs

Clau explicando o porquê das minhas ataduras =P

Eu posando pra foto
Essa foi uma corrida muito bacana porque fui para participar, não estava com intenção de baixar tempo nem de chegar entre os 100+ ou outro tipo de desafio: Ainda conheci muita gente e fizemos uma foto da galera que estava presente na prova:
Galera reunida na Prova Samsung Hope Relay 10K
Felipe, Isma, Adriana, Claudia, Amanda e Luciano marcando presença nesse domingo de inverno
Afinal de contas, todo dia é um bom dia quando você corre! Ainda mais com os amigos!
Agora é semana de recuperação pois domingo tem prova de novo no centro! 1ª Corrida de Caminhada Nipo Brasileira! Banzai!

Um novo amor

A vida é sempre cheia de surpresas. Nunca sabemos quando algo pode dar certo, ou dar errado. Assim é a vida. Não o controle sobre o que pode acontecer. Resta a nós controlarmos o presente, pois o passado se foi e o futuro ainda está por vir.

Desde criança eu já praticava esportes, não com a mesma tenacidade que na vida adulta, mas não era uma criança sedentária. Sempre procurava fazer atividades ao ar livre, pois na minha época, isso era muito normal. Cresci sem telefones celulares, alguns vídeo-games (o Nitendinho e o Master System no primeiro momento, e depois o Super Nes e o Mega Drive) mas nada que nos limitasse a ir para rua e passar bons momentos em atividades recreativas.
Então, veio o início da idade adulta: Aquele mundo do corporativismo e trabalho duro e o estereótipo do sucesso contemporâneo: trabalhe muito, conquiste seus objetivos e cresça para o mundo. Trabalho e mais trabalho, faculdade, amores, e o esporte acabou ficando em segundo plano. Me lembro bem dessa época, mas naquele momento parecia tão natural deixar de fazer as coisas que eu nem me dei conta do hiato que estava se formando.
Eu tinha uma paixão, acho que desde os meus 12 anos. Foi quando ganhei minha primeira bike. Lembro até hoje quando meu pai trouxe pra mim uma Caloi Cross, daquelas com “almofadinhas” na barra e placa no guidão e tudo mais. Era uma bike muito bacana para a época. Você podia correr em qualquer lugar, e ela aguentava o tranco. Pistas que nós fazíamos em terrenos abandonados, no asfalto, na terra, em qualquer lugar. A manutenção era feita pela pessoa que vos escreve. Não precisávamos de oficina para bikes. Tudo era feito no quintal de casa ou na rua. Troca de freios, pneus, rodas, ajustes e tudo mais. E olha que tínhamos 12,14 anos!
Confesso que era meio louco nesse tempo, fazia tudo o que podia com ela: Empinar, derrapar, descer belas e grandes ladeiras e o restante das outras loucuras em manobras, como andar sem as mãos, “surfar” na bike, e correr somente com o o pneu da frente. Este é um dos motivos pelo qual nunca comprei uma moto: Minha mãe sempre tinha medo das minhas loucuras com bikes, e achava que eu faria o mesmo se pegasse uma moto.
Talvez crianças entre 12 e 16 anos nem imaginem fazer isso, mas na minha época estes eram alguns dos requisitos para sermos chamados de “Loucos”.
Um pouco depois também comecei a praticar Skateboarding, ou o SK8, para quem é do movimento. Também é um esporte muito bom, sempre gostei de esportes radicais, mas os lugares para se andar acabavam se tornando muito longínquos (para quem morasse em Interlagos) e aos poucos foi cessando a minha motivação para o skate.

Quando estava no ensino médio, passei a usar uma bike compatível com o meu tamanho (afinal, estava crescendo, né?). Foi então que encarei uma aro 26 que minha mãe havia ganho em um bingo como meio de transporte para o curso de inglês que eu estava fazendo. Isso durou 6 meses, visto que durante o curso tive um amor platônico com uma garota chamada Elaine, e depois que tudo acabou, não pude continuar o curso por conta do trabalho que havia arranjado.
Entre 2000 e  o final do ano de 2010, praticamente não realizava nenhum exercício físico além da corrida (que comecei em 2008). Foi através de uma grande amiga que o meu amor voltou a tomar forma.
Então, pelos idos de 2010, eu voltei a encarar uma bike pelas ruas de SP. Ainda um pouco desajeitado, pois não praticava há anos, mas como dizem: Você nunca se esquece como é andar de bike. Uma vez aprendida a lição, você só precisa praticar. E foi assim que aos poucos voltei a entrar nas vias com duas rodas.

2010 – Ciclovia Rio Pinheiros

Inicialmente fazíamos o perímetro mais próximo de casa, e com o tempo os passeios foram tornando-se “pedais”, passeios um pouco mais longos, mas não tão próximos como os passeios para os iniciantes. Mas a minha paixão era latente: Corrida desde 2008 era o q me fazia levantar às 5:00AM em um domingo para correr 5,10 ou 20K.
Agora, depois de quatro anos na ativa como corredor de rua, comecei a procurar novas formas de me manter em movimento. Foi aí que voltei para o meu primeiro amor: a Bike. Mas perae: não foi tão simples assim. Foi um processo de reinserção depois de uns 10 meses que me fizeram voltar a realmente praticar o ciclismo com vontade.
Antes de tudo, minha grande amiga foi o pontapé inicial que me fez voltar a andar de bike. Começamos a traçar rotas e caminhos por vários lugares: Ciclovia, Ciclofaixa, Avenida Paulista, Brooklin, Centro, Vila Olímpia, Santo Amaro e muito mais. Quando vimos já estávamos começando a fazer treinos frequentes de Duatlon, com o Marcos, que tem um background muito forte de bike e nos impulsionou para treinarmos cada vez mais. Começamos a utilizar a ciclovia e ciclofaixa aos domingos, para os treinos de bike, com parada no Parque do Ibirapuera para realizar a transição e praticarmos a corrida em sequência. Tudo no melhor horário possível: A partir das 6, 6:30 da manhã.

Parque do Ibirapuera: 6:40AM em um Domingo: Você está fazendo isso CERTO!

Como estes treinos passei a ter mais contato e notar as diferenças entre os treinos de corrida de rua e os treinos de bike. Por mais que os treinos de corrida sejam democráticos, permitindo que qualquer pessoa em boas condições físicas possa praticar, ainda existe o fator fisiológico, que é limitador para qualquer praticante desta atividade. O que isso significa? Significa que eu não posso chamar o meu vizinho para treinar uma corridinha de 20K com ele, pois nem todos possuem o condicionamento para isso. Corrida de rua é treino, condicionamento,disciplina e equilíbrio psicológico. Para alguns, um treino de 20K pode ser bem exaustivo.
Com a bike, existe a possibilidade de você percorrer maiores distâncias com um esforço bem mais moderado. Embora você precise do equipamento (a bike, óbvio), esse meio é bem democrático, permitindo que jovens, idosos, crianças e adultos possam realizar grande parte das atividades juntos.
Portanto, é mais fácil chamar os amigos para dar uma pedalada pela cidade do que fazer um treino de meia maratona =P
Então, do início do ano pra cá passei a comparecer nas vias e faixas dedicadas a esse meio de transporte nos fins de semana, intervalando com as corridas e treinos na USP (A meca dos corredores de rua).


Idéia #fixa


Pois bem, todo reencontro é cheio de histórias, novidades e novos olhares. E não é que passei a olhar a magrela com outros olhos também?
Eu peguei a mountain bike da Flávia, que está trabalhando fora do Brasil e não pode mais andar, então achou melhor vender pra mim, já que eu “alugava” o equipamento por boa parte do ano.
De mountain bike, você tem a vantagem de poder treinar em qualquer lugar, por pior que seja o piso ou pavimento onde você esteja. Mas acabava ficando difícil para acompanhar o Marcos com sua speed e andar um pouco mais rápido nos fins de semana. Foi quando eu presenciei, em um sábado na estação de metro pinheiros, um cara com uma bike extremamente fina. Mas não foi isso que me chamou a atenção (Além das cores gritantes dela), e sim dessa bike possuir somente uma marcha. Isso mesmo, não haviam outras catracas, facilidades ou complicadores. Nada de cabos de freio, passadores ou outro tipo de intervenção: Somente o quadro, os pneus, e só.

Registro da primeira #fixie em SP



De uns anos pra cá, passei a ter um comportamento muito mais objetivo com tudo, passando também a admirar o minimalismo e adotar práticas simples e diretas. Talvez isso me fez olhar para aquela bike e pensar: “É isso cara! Simple & Clean!”
Acabei nem perguntando pra ele o que era aquilo, mas como sempre, tirei uma foto e fui pesquisar sobre isso.
Foi quando me deparei com um mundo que eu não sabia que existia. O mundo das fixas.
Fixed Gears, Fixie, Fixa, Single Speed, whatever! Se você procurar sobre qualquer um desses termos vai encontrar a mesma coisa: Gente afim de simplificar a vida, e viver livre de amarras.
Comecei a entrar cada vez mais nesse mundo, e continuava a fazer meus pedais brutais aos domingos pela ciclovia, acompanhando da minha Mountain Bike (ou MTB, para os fortes, hehe).
Foi quando, coincidentemente, neste dia em que eu fiz 100K, encontrei com um ciclista com uma fixa exatamente igual a da foto que eu havia tirado no trem, e perguntei onde eu poderia comprar uma igual. Foi quando ele mencionou a tre3e, uma empresa que fabrica essas bikes fixas e e customiza conforme a sua necessidade. Entrei em contato logo na segunda feira com o Flávio, que é o proprietário da empresa para orçar uma como a da foto abaixo:

Uma dica: Se você quiser montar a sua própria bike, também pode acessar o FixieStudio.com e montar a sua



Após receber o orçamento, a criação da minha magrela foi iniciada. Realmente eu estava entrando no mundo das bikes fixas. Se você leitor tiver a oportunidade, experimente andar um dia em uma bike dessas. Você vai entender o sentido da frase: “Reaprendendo a andar”.
Ah, e o resultado foi bem próximo do que eu realmente havia pedido:

Bem, e desde uns 20 dias até agora estou reaprendendo a andar de bike, e continuo percorrendo a cidade na corrida de rua.
Já fiz o meu primeiro passeio ciclístico de bike fixa na companhia da Débora e do Danilo (que já eram bikers antes da minha volta às ruas) que aconteceu neste último domingo no centro de São Paulo. Foi na Eco Bike 2012, e pela nossa animação, muitos estão por vir. O próximo inclusive já tem data marcada: 30/09/2012 – Circuito Pedalar Caloi
Para quem deseja entender mais um pouco como é o mundo das bikes fixas, recomendo assistir antes os dois vídeos abaixo para entenderem um pouco o significado de andar com este tipo de bike:

Macaframa San Fransisco
É uma galera que costuma criar vídeos muito legais sobre a cultura fixie na califórnia, como é o dia a dia de quem anda por São Francisco e suas vias

Mash SF
Um “passeio” com Lance Armstrong pela cidade. Just for fun =)

E claro, alguns sites brazucas sobre esse tipo de bike:
http://www.tagandjuice.com.br/
http://www.tre3e.com/
http://fixedbr.wordpress.com/
http://fixasampa.wordpress.com/

E gringos:
http://mashsf.com/
http://macaframa.com/
http://blackfixie.tw/bft/

Bem, há muito mais pra ser dito sobre bikes. E com certeza será dito, pois a cada dia essa modalidade de lazer e esporte atrai mais adeptos. Ao longo desse ano vamos dividir experiências de corrida de rua e ciclismo, e espero que todos reunidos possamos incentivar outras pessoas a levar uma vida melhor e mais saudável.

Maratona de São Paulo (25K)

Mais uma prova finalizada! 25K da Maratona de São Paulo. Uma das mais difíceis em relação ao trajeto (mas mudou bastante desde a última vez que eu fiz) e cravada na capital de SP, com largada na Ponte Estaiada (A ponte Octávio Frias de Oliveira) e chegada no Ibirapuera (Para que faz os 42K, para quem faz os 25K a chegada é na USP).
Ok, meus treinos não estão em dia. Tenho realizado apenas treinos durante os fins de semana, e agora dividindo os treinos com algumas pedaladas brutais pela cidade. Mas ainda assim estava condicionado para a prova.

Um pouco de frio e lá vamos nós. A largada na Ponte Estaiada é sempre uma linda imagem para quem inicia a prova. Subir e descer a ponte, e depois ver que ainda existe uma multidão atrás de você é mágico! E por ser uma corrida com patrocínio da rede Globo, o volume de corredores é muito grande, e você só consegue desenvolver uma velocidade melhor depois do terceiro KM. Como eu não estava focando em velocidade, fui a 5:40/KM em grande parte do percurso, e desta vez não tive câimbras, algo que me ataca com frequência em provas maiores que 18K.

Uma prova legal (para quem está bem treinado melhor ainda), sem contar com a animação da galera por todo o percurso e a garra e determinação dos corredores (tinha até um corredor arrastando um pneu de carro pelos 42K!). Que venham as próximas provas e mais KM´s. Como estou dando um intervalo nas corridas, minha próxima prova será 29 de Julho, na primeira edição da corrida Nipo-Brasileira.
さようなら!

Sobre perdas, partidas, chegadas e uma nova corrida

Pois bem. O ciclo de Janeiro a Junho se foi. Exatamente 6 Meses do ano, sua metade, seu meio. E daqui pra frente serão outros 500, ou mais precisamente 183 Dias. Posso dizer que fechei mais um ciclo este ano. Houveram grandes mudanças nos meus treinos, impactados por várias experiências e situações que passei ultimamente. Também fiz muitas adequações a outras situações da vida, e ultimamente, parece que a vida está mais agitada do que era antes.
Nos últimos dois anos de minha vida tem acontecido mais mudanças que no período de 8 anos em que eu parecia congelado para a vida. Sinto como se tivesse adormecido por um tempo, no vácuo, em um lapso temporal, e vim acordar em 2012.
Vim acordar justamente no ano em que o mundo está prestes a acabar! Bem, para muitos isso não vai acontecer. Pra mim, em um pequeno lapso do tempo, acabou.
Algumas coisas básicas que levamos com a gente, como amigos e pessoas queridas são como pilares pra vida. Se a gente perde algum deles, possivelmente a estrutura será abalada. Claro que o tempo se encarrega de amenizar as dores e redistribuir o peso durante o trajeto, mas sempre fica uma sequela do que aconteceu. Na vida é assim: a gente ganha em algumas situações, perde em outras, fica feliz, triste, chega e sai em várias Janelas situacionais.
Eu sou um colecionador de quotes, aquelas frases ditas por personalidades que, de algum modo, trouxeram  luz à alguma atividade humana ou fato histórico e nos deixam gravadas algumas dicas em praticamente um tweet (Em torno de 140 caracteres). Talvez em goste destas frases porque são rápidas, sucintas e diretas. Não sei ainda se sofro de TDAH, mas não consigo me concentrar em textos longos e imaginar pensamentos lineares e “perfeitinhos”. Tenho uma grande fissura por histórias desconexas, falta de linearidade e assincronismos. Eu sempre achava que estava errado, que deveria me adequar ao que chamamos de “padrão”, até perceber que a história não é bem assim.
Uma delas, em especial, realizou profundas mudanças no meu modo de pensar. A frase estava estampada no Blog Saia do Lugar, que possui uma boa coletânea de ensinamentos e inspirações para quem quer sair da zona de conforto. Trata-se dos 8 ensinamentos de Einstein sobre desenvolvimento pessoal:

Escritório de Einstein no Instituto de estudos avançados, em Princeton, NJ, fotografada no dia de sua morte, em 18 abril de 1955

1. Seja um insistidor“Não é que eu seja tão esperto. É que eu tento resolver os problemas por mais tempo”
2. Tenha foco“Qualquer homem que consegue dirigir com segurança enquanto beija uma linda garota simplesmente não está dando a atenção  que o beijo merece”
3. Crie valor“Não lute para ser uma pessoa de sucesso. Lute para ser uma pessoa de valor”
4. Seja curioso(a)“Eu não tenho nenhum talento especial. Apenas sou apaixonadamente curioso”
5. Cometa erros“A pessoa que nunca cometeu um erro é aquela que nunca tentou algo novo”
6. Fuja da insanidade“Definição de insanidade: fazer a mesma coisa diversas vezes esperando resultados diferentes”
7. Espere resistência“Grandes espíritos sempre encontraram uma grande resistência das mentes medíocres”
8. Evolua rápido“Você precisa aprender as regras do jogo. Então, você precisa jogar melhor do que todo mundo”

Todas são excelentes, e não há uma que não possa ser aplicada na vida de qualquer pessoa. Mas a sexta (6) dica foi a que mais me marcou. É insano que você passe todos os momentos da sua vida realizado tudo do mesmo modo sempre, e esperar que as coisas mudem sozinhas. Isso não existe! Não adianta você treinar todos os dias da mesma forma, durante anos, e achar que vai chegar a um ponto de sublimação e criacionismo, e que tudo se realizará sozinho. É preciso aplicar movimento, força e vontade para que as coisas saiam do lugar. E saí de 2010 com um grande aprendizado.


A partida



Durante a grande corrida da vida, a gente sempre conhece pessoas maravilhosas, que por momentos, anos, décadas ou segundos entram e saem de nossa vida. Movimentos aleatórios, independentes, voluntários ou involuntários, como uma prova de longa distância e suas armadilhas. Pois bem, neste momento celebramos e sempre ficamos felizes com a chegada dos novos, amigos, familiares, amores, e afins. Porém sempre temos despedidas, pois a corrida é longa, e nunca podemos manter todos no mesmo ritmo.
Ela não corria, mas eu tinha um encontro duas vezes por mês todos os sábados pela manhã: Trata-se da minha cabeleireira. Sim, nesse blog de corrida estou falando sobre a minha cabeleireira, que é alguém muito especial. Minha ex namorada me apresentou a ela, há uns 6 anos atrás. E vocês sabem como é difícil encontrar alguém que a gente goste de cortar nosso cabelo.
Lá pelos idos de 2006 comecei a frequentar o lugar, e até este ano, quinzenalmente, ia todos os sábados pela manhã conversar e colocar a juba em dia =). Há cerca de 2 meses tive a notícia: ela não iria mais trabalhar. Estava com problemas de saúde por conta dos produtos químicos e teria que deixar a profissão se quisesse continuar bem de saúde. Então, decidiu voltar para a sua casa e família em Minas Gerais. Ela uma senhora muito simpática, já com seus 65 anos, mas sempre com bom humor e um excelente atendimento.
Parece uma coisa boba, mas é uma perda no mínimo chata. O meu namoro acabara há 2 anos, mas eu continuava a frequentar o salão pela amizade que tivemos e pelo sofrimento que ela me viu passar quando tudo acabou.


A perda



Há 12 anos, eu estava saindo do colegial, e ia iniciar minha vida profissional. Então, todos os amigos de escola acabaram de afastando, e os contatos foram minguando à medida que os anos se passaram. Exceto um: uma amiga em especial cujo contato mantivemos durante anos através de correspondência, mesmo que morássemos a cerca de 3 quilômetros um do outro. Eu aproveitava e exercia meus dotes artísticos fazendo desenhos a alusões a grandes obras de arte nos envelopes que usávamos na época. Verdadeiras obras de arte, na minha humilde opinião, rsrs.
O anos se passaram, as vidas tomaram rumos diferentes e todos tocaram suas vidas conforme a nau do destino, esse grande e imenso vazio que acreditamos existir. Foi quando o acaso fez com que tomássemos mais contato, o que dificilmente acontecia, e passamos a conversar mais nos últimos anos.
Bem, a gente nunca sabe quando certas coisas podem acontecer, como você ter uma crise nervosa, um profundo desgosto ou até mesmo gostar de alguém. A lógica destes processos são demasiadamente complexas para que se possa mapear e prever estes acontecimentos.
Então, este ano, um desses fatos ocorreu comigo, e talvez o pior que possa acontecer quando se trata de i1982: Gostar de alguém. Após o meu último relacionamento, prometi que não aconteceria de novo esse infortúnio para a minha saúde que é gostar. Sempre que me relaciono, tendo a levar os sentimentos a grandes doses emotivas, e acabo ficando cego, sem notar alguns impactos e consequências. Bem, foi exatamente esta falta de visão que me ocorreu este ano. O que era apenas um sentimento de amizade acabou se tornando outra forma de admiração, da minha parte, e então passei a enxergar uma amiga de muitos anos com outros olhos. Não sei isto foi precipitado, errado ou incoerente: Simplesmente aconteceu, e quando certas coisas acontecem, é melhor não guardar isso só com você.
O final foi muito triste: ela se foi em 15 de Maio de 2012. Sem palavras, sem emoções, sem respostas.
As perdas são bem difíceis de administrar, principalmente quando você está habituado aos sorrisos e alegrias dos que o acompanham pelo caminho. O caminho da vida dá muitas voltas, mas você nunca vai passar pelo mesmo rio duas vezes (O pensamento de Heráclito).
Talvez a perda seja um dos sentimentos mais difíceis de administrar, pois não se pode ter controle sobre uma variável externa. Ela simplesmente acontece, e o que pode ser feito é a melhor forma de administrar o impacto, absorvendo-o ou gerando um novo movimento de mesma força.
Mas após a tempestade sempre vem a calmaria, e podemos refletir melhor sofre os fatos. Como Heráclito já dizia: “Tudo flui”, assim como a corrida, a vida é um movimento intenso e confuso, cheio de fluxos a favor e contra.

Heráclito, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático – Panta rei ou “tudo flui”, “tudo se move”, exceto o próprio movimento.

O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. “A doença faz da saúde algo agradável e bom”; ou seja, se não houvesse a doença, não haveria por que valorizar-se a saúde, por exemplo. Ele ainda considera que, nessa harmonia, os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim, em um círculo; ou a descida e a subida, em um caminho, pois o mesmo caminho é de descida e de subida; o quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou, dito de outra forma, o quente é o frio depois de mudar, e o frio, o quente depois de mudar, como se ambos, quente e frio, fossem “versões” diferentes da mesma coisa).

(via Wikipedia)

Você pode notar a relação de tudo isso com a corrida? 😉

A Chegada



Como todo período introspectivo, você sempre sai com algumas considerações sobre situações e fatos ocorridos. Assim como uma prova mal planejada ou uma corrida que você faz uma distância da qual sabe que não está condicionado, sempre vai retirar desta situação uma lição, nem boa nem má, apenas a lição sobre o acontecimento.
Assim é a vida: Aprender, conviver e modificar o que é possível. Assim, você pode abrir os olhos para todas as coisas que o cercam e acabar com algumas “miopias”. O vício de se manter em uma rotina ao longos dos anos pode lhe consumir sem que você necessariamente perceba, e quando notar, talvez seja tarde demais. Então, trate de olhar melhor o caminho que está percorrendo, a qualidade da trilha, quem te acompanha e principalmente para onde você quer ir.

Uma nova corrida



Durante esse período contemplativo, passei a encontrar uma nova atividade para espairecer e colocar os pensamentos em dia. Não que eu não a fizesse antes. Aliás, eu já o praticava quando era muito jovem, e toda a minha infância foi passada através desta atividade, até eu dar entrada no ensino técnico.
De todas as atividades urbanas, na minha opinião, depois da corrida, a bike é o melhor esporte para se fazer em uma grande cidade. E depois da perda da minha amiga, uma atividade passou a fazer mais parte ainda da minha vida: O ciclismo. Não o ato de andar de bicicleta somente, mas uma filosofia de vida que nos torna mais livres para fazer o que quisermos fazer. Pode parecer louco, mas quando vários loucos pensam da mesma forma, talvez seja hora de considerar isso como uma nova realidade.
Atualmente, devido a minha ocupações profissionais e o estudo acadêmico, só consigo praticar durante os fins de semana. Desde o ano passado já estávamos praticando juntos alguns passeios de bike, mas eu não percebia o quando isso poderia mudar minha percepção sobre locomoção.
A partir deste ano, juntamente com outro amigo, passamos a realizar treinos de Corrida e Bike sequenciados, o chamado Duathlon. Creio que essa atividade foi determinante para que eu passasse a encarar a bike como uma opção a ser considerada. Fizemos bons treinos até maio deste ano. Como distâncias variadas.
O que restou de tudo isso? O prazer de rodar 50,70  ou 100Km´s no fim de semana em cima da magrela.
Ultimamente, passei a conhecer um movimento interessante de pessoas que usam suas bikes como estilo de vida: Trata-se das fixed-gears, fixie ou fixas como são chamadas as Bikes de pinhão fixo (Aquelas que você pode pedalar para trás). Mais do que uma simples bike, esse equipamento vem sendo usado cada vez mais nas grandes cidades como meio de locomoção, visto que o modelo automóvel é comprovadamente um modelo falido. Já estou fazendo uso constante da Mountain Bike que tenho, e em breve uma fixed gear/speed será muito bem vinda para acompanhar nos passeios de final de semana ou nas bicicletadas da vida. Então não se assustem se uma hora ou outra aparecer um post sobre algum passeio de bike por aqui =)

Na vida nem todos os caminhos são retos e lineares. Às vezes é necessário que o seu centro gravitacional seja alterado para que você encontre a orbita certa.
Tudo é movimento, e nada pode permanecer estático.
#KEEPRUNNING